terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O Tigre Branco, Aravind Adiga

O Tigre Branco

Eu ganhei este livro de aniversário da minha irmã. Eu sempre fui com a cara dele, porque acho essa capa uma gracinha (sim, eu julgo livros pela capa. E na maioria das vezes estou certa!).

O livro, que é de um escritor indiano,  é sobre Balram Halwai, um também indiano que nasce numa zona pobre de seu país, passa a trabalhar como motorista e depois consegue subir de vida, virando um empresário de seucesso.

O livro se chama O Tigre Branco pois este é o apelido dado por um inspetor ao protagonista, pois este tem uma esperteza tão rara quanto um tigre branco.

O Tigre Branco é formado por e-mails mandados de Balram para o primeiro-ministro da China, que ia visitar a Índia, portanto o Tigre Branco queria contar algumas coisas sobre o seu país que não iriam dizer ao visitante. Assim, o livro é uma crítica à organização social da Índia e nos mostra de uma boa maneira um país que eu, pelo menos, não conhecia bem.

Outro ponto positivo no livro é a narrativa, bem sarcástica e mordaz. Os personagens também são interessantes, embora muitos deles não apareçam tanto quanto eu gostaria.

Apesar de eu ter achado o livro muito bom, não foi uma leitura do tipo “Não posso parar de ler”. Mesmo assim, é um livro muito interessante para quem quer conhecer mais sobre a Índia.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Jogos Vorazes, Suzanne Collins

Jogos VorazesAtenção: Esse post contém spoilers!

Jogos Vorazes, da Suzanne Collins, foi um dos livros mais comentados do ano. Eu, como fã de livros juvenis, fiquei bem curiosa. Afinal, há um tempo não me apaixono por livros do estilo e sempre me perguntei se era eu que tinha “crescido” ou se eles que tinham piorado. Com Jogos Vorazes, cheguei a conclusão que eu simplesmente só tinha lido os livros errados (embora tenham sido muitos!).

O livro conta a história de Katniss, uma jovem que vive no Distrito 12, em Panem, uma nação fictícia que vive no que era a América do Norte. O país é controlado pela Capital, que todo ano realiza uma edição dos Jogos Vorazes, uma espécie de competição em que vinte e quatro adolescentes, dois de cada distrito, lutam até só restar um jovem vivo, o vencedor. Katniss acaba participando dos Jogos, pois sua irmã mais nova é sorteada para participar e a mais velha prefere ir em seu lugar.

O livro é do tipo que não dá para não largar antes de terminar, praticamente. Fazia tempo que não acontecia isso com um livro comigo, infelizmente.

Os personagens do livro são interessantes, mas alguns são mal explorados. Gostaria tanto de saber mais de Thresh e dos outros tributos, em geral… Aliás, gostaria de saber mais sobre os outros distritos também, Não sei se isso é melhor explicado nos outros livros, mas de qualquer jeito senti falta disso nesse volume. O livro é contado pela Katniss, o que já indicou para mim que ela ganharia os jogos, pois são raros os livros juvenis narrados por mortos. Eu acho que uma narração em terceira pessoa talvez fosse melhor, até porque não gostei tanto das partes em que Katniss estava sozinha na arena, eram um tanto entediantes.

Apesar disso, eu ainda tive minhas dúvidas sobre quem ganharia os jogos. E não, não fiquei completamente satisfeita com os vitoriosos. Muita gente disse que o livro é muito violento e tal, pois eu não acho. Dos personagens que realmente importam para Katniss, só Rue morre. Eu acho que a morte de Peeta seria mais impactante (e de certa forma violenta) para a trama, mesmo que por outro lado seria também mais previsível. Eu sou muito crítica em relação a lutas e a vitórias dos bons, então achei a morte de Cato forçada. Ele podia ter matado os outros facilmente enquanto estava na Cornucópia e ficou enrolando…

Outra coisa que não gostei é que não mostraram o reencontro da Katniss com as pessoas do Distrito 12. Eu sei que vão mostrar isso no próximo livro (espero), mas foi muito frustrante estar esperando por algo que não apareceu. Não gosto quando os livros de uma série não funcionam bem por si sós.

Mesmo parecendo que eu não gostei do livro, de tanto que eu critiquei, eu realmente adorei. É que eu acho bem mais fácil falar mal do que falar bem… De qualquer forma, Jogos Vorazes me fez voltar a confiar na literatura juvenil (e não, eu não vou chamar de YA) e em livros muito comentados pelo mundo afora. Confiança que foi perdida basicamente com Percy Jackson, humpf.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O Aleph, Paulo Coelho

O AlephLi O Aleph, do Paulo Coelho, porque minha tia me emprestou. Eu nunca tinha lido nada dele e pensei que seria interessante ler um livro do autor para acabar com meu preconceito.

Acontece que esse livro não foi o ideal para isso. O Aleph é sobre a viagem de Paulo Coelho para reencontrar sua fé. Ele encontra Hilal, uma fã, e descobre coisas importantes sobre as vida do dois.

O livro parece ser de não-ficção, mas está classificado como ficção, o que achei um tanto estranho e já me fez acreditar menos na história. Sou muito cética em relação a assuntos espirituais e achei alguns acontecimentos do livro um tanto irreais.

Também não gostei da quantidade de mensagens de auto-ajuda que o autor quer passar. Eu não acho que isso seja ruim, só não é meu estilo, algo que eu particularmente goste.

Apesar de tudo isso, não achei que Paulo Coelho escreve tão mal quanto algumas pessoas comentam. A escrita dele é comum, rápida de ler, mas não chega a ser pobre.

Enfim, por mais que eu não tenha gostado do livro, recomendo para aqueles que gostam de livros com mensagens de fé e coisas assim.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A Sombra do Vento, Carlos Ruiz Zafón

A Sombra do Vento

A Sombra do Vento, de Carlos Ruiz Zafón, conta a história de Daniel Sempere, um garoto que é levado ao Cemitério de Livros Esquecidos e lá encontra um livro chamado A Sombra do Vento, de Julián Carax. O menino logo devora o livro e fica curioso para conhecer mais do autor. Assim, Daniel vai em busca de mais informações sobre Julián, sem saber que as coisas seriam bem mais difíceis do que esperava.

Esse livro tem basicamente tudo que se espera de um best-seller adulto e bom: suspense, romance, uma história bem elaborada e uma linguagem um pouco rebuscada. Assim, não é surpreendente ouvir um monte de gente falando que foi o melhor livro que já leu na vida.

Porém, eu não gostei tanto assim. Achei o livro um pouco repetitivo, o que me fez parar bastante enquanto lia. Também achei o começo parecido com Coração de Tinta e o Cemitério de Livros Esquecidos parecido com a biblioteca de O Nome da Rosa. E o final é previsível, mas não acho que o autor poderia criar um fim melhor.

Não gostei da linguagem, que agradou tantas pessoas. O livro tem muitas metáforas e comparações e elas são explicadas e batidas, em grande parte, o que as torna um pouco pobres. O tom poético que o autor tentou dar à história me pareceu um tanto falso, forçado.

Apesar disso, o livro tem bastante pontos positivos. Para começar, quase todos personagens são bem construídos (embora alguns não sejam originais) e Fermín Romero de Torres é um dos personagens mais carismáticos que já vi. Além disso, a história é envolvente e traz uma Barcelona pós-guerra civil, um cenário muito interessante.

Portanto, mesmo com seus pontos negativos, A Sombra do Vento é um livro bem acima da média e que merece ser lido.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Desafio Literário 2011

DL 2011

Gostei muito do Desafio Literário 2010, por isso decidi participar do Desafio Literário de 2011. O desafio propõe a leitura de no mínimo um livro de um determinado tema a cada mês. Para mais informações, visite o blog do desafio aqui.

Aqui vai a minha lista:

Janeiro - Literatura infanto-juvenil
O rapto do garoto de ouro - Marcos Rey
Reserva: A história de Despereaux
- Kate Dicamillo
Reserva:
The graveyard book - Neil Gaiman

Um tema bem fácil para mim, pois sempre gostei de ler e, como sou jovem, a maioria dos livros que li é infanto-juvenil. Ao ver as listas de outros participantes, percebi que já tinha lido muitas das escolhas deles (e me senti feliz com isso). Escolhi livros bem diferentes entre si: um nacional, da coleção Vagalume, um "conto de fadas revisitado" e um fantasioso.

Fevereiro - Biografia e/ou memórias
Persépolis - Marjane Satrapi
Reserva: Look me in the eye - John Elder Robison
Reserva:
Boy - Roald Dahl
Reserva:
Princesa - Jean P. Sasson

Esse tema foi mais difícil. Não me interesso particularmente por biografias, mesmo de gente que eu goste. Por isso, com a exceção de Boy, que é um livro de memórias da infância de Roald Dahl, optei por livros de pessoas que vivem em situações bem diferentes das nossas: um com síndrome de Asperger e uma princesa árabe. Persépolis acabou entrando de última hora porque queria ler há muito tempo e finalmente minha irmã o encontrou na biblioteca.

Março - Obras épicas
As brumas de Avalon: A senhora da magia - Marion Zimmer Bradley
Reserva: Eragon - Christopher Paolini
Reserva: Tristão e Isolda - autor desconhecido

Achei esse tema complicado também. Os livros em geral são muito grandes, o que acaba desanimando... Escolhi livros mais curtos, mas que também não são os mais óbvios...

Abril - Ficção científica
O guia do mochileiro das galáxias - Douglas Adams
Reserva:
Feios - Scott Westerfeld
Reserva:
O homem do castelo alto - Philip K. Dick

Eu acho esse tema interessante, gosto muito de distopias, mas também não conheço muito do gênero.
O guia do mochileiro das galáxias e Feios são livros que me interessam faz um tempo, já a última opção escolhi por ser um autor famoso na ficção científica.

Maio - Livro-reportagem
Na natureza selvagem - Jon Krakauer
Reserva: O livreiro de Cabul - Åsne Seierstad
Reserva:
1968: o ano que não terminou - Zuenir Ventura

O tema mais difícil para mim, mas acabei encontrando opções que me interessassem. Não tenho certeza se esses livros são livros-reportagens, mas são escritos por jornalistas...
Na natureza selvagem me interessou desde que vi o filme, 1968: o ano que não terminou desde que vi uma apresentação escolar sobre o movimento estudantil da época e O livreiro de Cabul me chamou a atenção porque quero conhecer mais sobre o Oriente Médio.

Junho - Peças teatrais
Vestido de noiva - Nelson Rodrigues
Reserva:
As sabichonas - Escola de mulheres - Molière
Reserva:
Sonho de uma noite de verão - William Shakespeare

Gostei desse tema, pois já tinha duas das peças que escolhi. A outra, do Molière, escolhi por já ter lido um pedaço na aula de teatro. Na verdade, queria ler algo do Eugène Ionesco, pois encenei A cantora careca na escola e gostei muito da peça. Porém, não encontrei nada do autor na biblioteca perto de casa e decidi não procurar melhor, pois as outras opções também me interessam.

Julho - Novos autores
Apenas um herói - Daniel Frazão
Reserva:
DiPresto e a ilha fantasma - Gustavo Barcamor
Reserva:
Ovelhas que voam se perdem no céu - Daniel Pellizzari

Achei um tema interessante, mas confesso que foi difícil encontrar minhas escolhas. Já tive uma experiência ruim ao ler um autor novo, por isso reluto antes de comprar um livro de um escritor que eu não conheça. Portanto, fui atrás de livros disponibilizados na internet pelos próprios autores. A exceção é o meu livro oficial, que eu consegui através de uma troca no sebo.

Agosto - Clássico da literatura brasileira
Angústia - Graciliano Ramos
Reserva:
Dom Casmurro - Machado de Assis
Reserva:
Mar morto - Jorge Amado

Um tema fácil de encontrar opções interessantes. Escolhi livros de autores que já tinha lido anteriormente e gostado.

Setembro - Autores regionais
Macunaíma - Mário de Andrade
Reserva:
O menino que se trancou na geladeira - Fernando Bonassi
Reserva:
Estação Carandiru - Drauzio Varella

Sou paulistana. Não consegui encontrar livros interessantes com facilidade, porém gostei das minhas escolhas, pois os meus reservas são livros que estão na minha lista de próximas leituras.

Outubro - Nobel de literatura
Mil tsurus - Yasunari Kawabata
Reserva:
Verão - J. M. Coetzee
Reserva:
Crônica de uma morte anunciada - Gabriel García Márquez

Meu tema favorito. Tinha várias opções em mente, mas acabei ficando com as que já tinha e que eram mais curtas, para dar tempo de ler tudo.

Novembro - Contos
A dama do cachorrinho e outros contos - Anton Tchekhov
Reserva: Beijo, - Roald Dahl
Reserva:
Faca - Ronaldo Correa de Brito

Gosto muito de contos, tanto que duas das minhas leituras do desafio passado eram livros de contos. Já tinha os três livros aqui e até pensei em outras opções. Escolhi contos de diferentes estilos: contos modernos, de humor negro e regionalistas. Só não sei se serei capaz de ler todos os livros, pois contos exigem uma leitura atenta.

Dezembro - Lançamentos do ano
Os livros desse tema serão escolhidos no próprio mês.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Coração de Gelo, Sophie Weston

Coração de Gelo

Finalizando o Desafio Literário de 2010, li Coração de Gelo, da Sophie Weston. Escolhi esse livro porque percebi que muitos romances de banca tem a palavra “coração” no título. Como ainda não tinha resenhado um romance de banca para o desafio, optei por esse.

Coração de Gelo traz a história de Gaby, uma pianista que, graças a um desentendimento de seu pai com Sven Hedberg, um neurocirurgião sueco, vai ter que passar um mês na Suécia com o médico. Gaby precisa fazer que um tremor na mão de Sven seja curado com a musicoterapia, pois assim o neurocirurgião ficaria menos à vontade de processar o pai da garota.

O que Gaby só descobre ao chegar na Suécia é que ela ficará sozinha com Sven em uma casa afastada do resto das pessoas. Ela se desespera em vários momentos, pois Sven é grosso e zomba dela. Porém, aos poucos, o casal começa a se conhecer melhor e, sem querer, eles se apaixonam.

O livro é bem previsível e com uma linguagem semelhante a do outro romance de banca que eu tinha lido, o que não me agrada. Gaby é bem chatinha e Sven é um pouco mais interessante, mas os dois personagens não são muito originais.

Mesmo assim, eu até estava gostando do livro. Mas o final é tão brega! Não achei as falas do Sven depois do concerto condizentes com a sua personalidade.

Para concluir, Coração de Gelo é um livro pouco original, mas ainda assim serve como entretenimento.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Coração de Vidro, José Mauro de Vasconcelos

Coração de Vidro

Li esse livro para o Desafio Literário de dezembro, que tem como tema livros com a palavra “coração” no título. Aproveitando que li em dezembro, essa leitura também participa do desafio de férias do Garota It.

Não tinha nenhuma expectativa em relação a esse livro. Eu não fazia ideia sobre o que era e acabei tendo uma grata surpresa. O livro é do José Mauro de Vasconcelos, mesmo autor de O Pé de Laranja Lima, clássico da literatura infanto-juvenil brasileira.

Coração de Vidro também é um livro infanto-juvenil e traz quatro pequenas histórias que se passam no mesmo cenário: uma fazenda. Cada uma das histórias é sobre um ser vivo em especial: um passarinho, um peixe, um cavalo e uma árvore. Esses personagens falam e convivem com outros animais, inclusive os homens, que são incapazes de compreender os outros seres (com a exceção da criança, que é amiga da árvore). As histórias são simples, mas ao mesmo tempo são tocantes.

O livro é uma ótima opção para quem quiser se lembrar da infãncia com um tanto de melancolia.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Desafio de Férias

Desafio de FériasComo não posto nada no meu blog sem ser do Desafio Literário, decidi participar de mais um desafio, o desafio de férias.

Esse desafio foi criado pelo Garota It e consiste basicamente em ler e resenhar livros em dezembro, janeiro e fevereiro e assim concorrer a prêmios. Para mais informações, clique aqui.

A minha lista (sujeita a modificações) é esta:

Coração de Vidro - José Mauro de Vasconcelos
Coração de Gelo - Sophie Weston
A Sombra do Vento - Carlos Ruiz Zafón
O Aleph – Paulo Coelho
Jogos Vorazes - Suzanne Collins
O Tigre Branco - Aravind Adiga
Cidade de Ladrões - David Benioff
O Rapto do Garoto de Ouro – Marcos Rey
A Bolsa Amarela – Lygia Bojunga
Holes – Louis Sachar
A História de Despereaux - Kate DiCamillo
A Tapeçaria - Henry H. Neff
O Enigma de Endymion Spring - Matthew Skelton
Sr. Ardiloso Cortês - Derek Landy
O Peso do Silêncio - Heather Gudenkauf
The Graveyard Book – Neil Gaiman
Os 13 Porquês - Jay Asher
Penelope - Marilyn Kaye
Boy – Roald Dahl
Look Me in the Eye - John Elder Robison
Princesa - Jean P. Sasson

Sim, a lista parece enorme, mas é basicamente tudo que eu realmente queria ler nesse período. Não espero conseguir ler tudo, mas grande parte.

Bom desafio a todos que vão participar! :)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Livro reserva do Desafio Literário de Novembro

O Conto da Ilha Desconhecida Nesse mês, eu tive tempo de ler o livro reserva do desafio literário. A minha opção era O conto da ilha desconhecida, do José Saramago, mesmo autor da minha outra leitura.

O conto da ilha desconhecida é um livro bem curto, mas nem por isso menos profundo. Ele traz a história de um homem que pede um barco a um rei porque quer encontrar a ilha desconhecida.

A história é contada no estilo do Saramago, com parágrafos grandes e diálogos seguidos por vírgulas, o que combina muito bem com o conto. Também há ilustrações interessantes no livro.

O livro traz boas reflexões, mas confesso que não estava no humor ideal para isso. Mas quem quiser ler um livro procurando por grandes mensagens, esta é uma ótima opção.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Desafio Literário de Novembro

Ensaio sobre a Cegueira

O livro que li para o Desafio Literário de novembro, que tem como tema escritores portugueses, é Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago.

Ensaio sobre a Cegueira conta a história de uma sociedade em que as pessoas, de repente, se tornam cegas, sem motivo aparente. O livro foca em um grupo de cegos em especial e em nenhum momento diz o nome de algum dos personagens, que são chamados de “médico” ou “primeiro cego”, por exemplo.

Eu já tinha visto o filme antes e, infelizmente, isso prejudicou muito a leitura. O filme é praticamente igual ao livro e isso tirou o fator surpresa da história e parte do choque que sentimos ao ler determinadas situações.

Até o meio do livro, não achei o livro nada emocionante. Ele não me passou nenhuma emoção, positiva ou negativa. Nem mesmo o modo de Saramago escrever, com longos períodos e com falas separadas por vírgulas, me deixou interessada ou me fez não gostar do livro. Essa falta de sentimentos em relação à escrita dele prevaleceu até o fim, por mais que isso seja estranho.

Mas a história começou a prender minha atenção na parte em que chegam os cegos maus. A partir daí, eu de fato me prendi ao livro e a leitura se tornou mais interessante (e mais pesada também). Em alguns momentos, eu realmente me senti dentro do livro e até cheguei a me perguntar se estava chovendo de verdade porque estava chovendo no livro…

Gostei muito dos personagens, que são bem reais e mesmo assim têm suas peculiaridades.

Enfim, Ensaio sobre a Cegueira é um livro angustiante que oferece uma boa reflexão sobre a vida que levamos.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Desafio Literário de Outubro

A Escada dos Anos O livro que eu li nesse mês para o Desafio Literário foi A Escada dos Anos, da escritora americana Anne Tyler.

A capa desse livro me agrada muito, embora eu não ache que tenha tanto a ver com a história, e a citação do Nick Hornby, um dos meus escritores preferidos, me fez criar uma pequena simpatia pelo livro antes de lê-lo. Mas, ao mesmo tempo, as avalições para os livros da Anne Tyler no Skoob são baixas, o que me deixou um pouco receosa de ler o livro. Não queria acabar com a imagem que tinha dele. E não acabei.

O livro conta a história de Delia, uma mulher de quarenta anos casada e com três filhos que começa a se sentir cansada com sua vida. Então, de repente, ela pega carona com um cara que estava trabalhando em sua casa de praia e vai parar em outra cidade. Delia começa uma vida nova: sem o marido, sem os filhos, com um novo emprego, um novo lugar para morar…

O enredo do livro pode sugerir que a vida nova dela é incrível, cheia de ótimas mudanças e novas alegrias. Mas isso é um engano. A vida dela continua tediosa e Delia continua angustiada. E é aí que se encontra o brilhantismo do livro. Anne Tyler não quis fazer um romance que funcione como fuga da realidade, e sim um romance que faça o leitor refletir sobre a vida. A escritora apresenta uma visão realista da vida de muitas mulheres. Imagino que existam várias Delias por aí…

Os personagens do livro são também muito bem construídos. Delia, apesar de um pouco tediosa, é muito real. Sua família também poderia existir, mas não deixa de ser carismática por isso.

Para mim, o livro só peca pelo tamanho. É muito grande para a história que tem, ele poderia ser um pouco menor. Além disso, achei uma parte do final meio forçada. Não o final em si, mas o que levou a esse final…

Enfim, eu recomendo o livro para quem quiser um livro que mostra bem o cotidiano em que muitos de nós vivemos.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Desafio Literário de Setembro

O Nome da Rosa O livro escolhido para o desafio desse mês é O Nome da Rosa, do Umberto Eco. Escolhi esse livro por ser o primeiro romance histórico que lembrei, além de já ter assistido ao filme e gostado da história.

O Nome da Rosa é uma narrativa policial ambientada em um mosteiro beneditino da Itália no século XIV. Nele nós vemos uma série de mortes misteriosas que são investigadas por Guilherme de Baskerville, um monge franciscano.

O livro é muito interessante por mostrar como era o pensamento religioso medieval e como as pessoas tinham opiniões diferentes sobre muitos assuntos, desde a pobreza de Cristo até o riso.

Uma coisa que me incomodou um pouco durante a leitura é que, assim como no livro do desafio passado, há muitas frases em outra língua e sem tradução. Dessa vez, a língua é o latim, que eu achava que seria fácil de entender mas infelizmente não foi. Isso fez eu me desligar em alguns momentos do livro, principalmente nas discussões religiosas, em que o latim era mais utilizado.

Achei os personagens do livro muito bem desenvolvidos, desde Adso, o narrador, até personagens secundários, como o despenseiro. Nesse aspecto, o filme, que revi após a leitura do livro, não me agradou. Como eles tiveram que reduzir muita coisa, os personagens secundários acabaram não tendo tanto destaque e só eram vistos em ações mais importantes e não em conversas casuais.

Além disso, o filme reproduz um clima de hostilidade exagerado. É claro que há uma tensão durante toda a história, porém o filme quase não traz momentos em que vemos a hospitalidade dos monges beneditinos em relação a Guilherme. Os monges nem apresentaram a abadia a ele! Assim o monge franciscano teve que descobrir tudo sozinho e pareceu muito mais inteligente do que sua versão no livro, em um ponto que chegou até a ser irreal. Ele deduzia as coisas sem nem explicar direito como chegou àquilo! Enfim, preferia não ter revisto o filme logo após ter lido o livro e assim continuaria com uma visão ótima dele.

O livro é ótimo como narrativa policial e histórica e, mesmo com momentos um pouco cansativos, me empolgou bastante.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Desafio Literário de Agosto

Assassinato no Expresso do Oriente

O livro que eu escolhi para o desafio esse mês é Assassinato no Expresso do Oriente, da Agatha Christie.

Escolhi esse livro pois tinha lido só um livro da Agatha Christie antes e queria ler mais algum, pois ela é uma das principais autoras de romance policial, o tema do desafio, e eu havia gostado da leitura anterior.

Assassinato no Expresso do Oriente conta a história de um dos casos de Hercule Poirot, um dos detetives mais famosos da literatura. Dessa vez, Poirot estava viajando no Expresso do Oriente quando um dos passageiros é assassinado. O detetive tem que resolver o caso, entrevistando todos os passageiros do trem e fazendo suas próprias deduções.

A leitura foi bem rápida, li em um dia. Uma coisa que me incomodou um pouco no livro é que havia várias frases em francês e nenhuma era traduzida. Por mais que não seja difícil de entender, por que não podiam traduzir as frases? Facilitaria a leitura.

Eu já tinha visto o filme antes e achava que não lembrava muito bem da história, mas descobri que sabia a resolução do crime, embora sem ter certeza. Talvez por já saber como era, talvez pela resolução em si, não gostei muito do fim do livro. Eu esperava aquele monte de informações jogados para cima de mim nas últimas páginas como nos livros do Sherlock Holmes, sendo que Poirot não falou coisas muito surpreendentes no fim, quase tudo de importante já tinha sido esclarecido antes.

Além disso, tenho algo pessoal contra o Poirot e simplesmente não consigo simpatizar com ele… Eu o acho muito normal, sou muito mais  Sherlock Holmes e  Watson.

Concluindo, achei uma leitura prazerosa, mas facilmente esquecível.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Desafio Literário de Julho

O Senhor dos Anéis

O livro que escolhi para o desafio literário de junho foi O Senhor dos Anéis, do J. R. R. Tolkien. O tema desse mês é de livros adaptados para o cinema e como gosto muito dos filmes fiquei com vontade de ler os livros também. Eu li os três separados, mas como existe a versão completa acho que não tem problema em resenhar a série toda.

Acho que quase todo mundo já leu e/ou assistiu O Senhor dos Anéis, então a história é bem conhecida. Os livros (e os filmes, obviamente) falam sobre Frodo, um hobbit que recebe um anel de seu tio. Ele descobre que esse anel não é um simples anel, e sim o Anel do Poder, criado por Sauron. Se Sauron conseguisse recuperar seu Anel, ele dominaria a Terra-média, o lugar criado por Tolkien onde se passam alguns de seus livros. Frodo então tem que destruir o objeto, jogando-o no fogo da Montanha da Perdição, onde ele foi forjado.

Junto com Frodo vai a Sociedade do Anel, formada por Sam, Merry e Pippin, três hobbits, Gandalf, um mago, Boromir e Aragorn, dois humanos, Gimli, um anão e Legolas, um elfo. Eles se separam no fim do primeiro livro, A Sociedade do Anel. Cada um dos outros dois livros, As Duas Torres e O Retorno do Rei, é dividido em duas partes, uma contando sobre Frodo e Sam e a outra sobre o resto da sociedade. Para mim, isso foi um problema, pois eu queria saber o que acontecia com Frodo e Sam no começo do terceiro livro e tive que ler metade do livro para finalmente saber como eles estavam. Aliás, acho que o que mais me prendeu ao livro foram os personagens. Já gostava de alguns nos filmes, mas eu realmente me apeguei a eles nos livros. Gosto muito de todos praticamente, com algumas exceções, como de Frodo e de Denethor (duvido que alguém goste deste).

Sempre comentaram que os livros são muito descritivos, mas não achei tanto. O primeiro livro é o único assim. E para quem não tinha visto os filmes antes, as descrições devem ter sido muito úteis para imaginar os lugares. Eu infelizmente não tive a oportunidade de criar minha própria Terra-média e, com a exceção de algunss personagens e dos lugares do terceiro livro, por ter visto o respectivo filme há muito tempo, imaginei tudo do livro como as coisas do filme.

A leitura foi devagar, mas sempre queria ler mais. Eu achava que não ia gostar tanto dos livros, porém estava enganada. Amei o primeiro e gostei bastante do segundo. Porém, tive alguns problemas na leitura do terceiro, relacionados exclusivamente aos apêndices. Gosto da ideia do Tolkien ter criado toda a história da Terra-média, mas alguns apêndices eram só para quem é realmente interessado nisso e, bom, eu não sou. Eu sei que não é obrigatória a leitura deles, mas também não queria pulá-los simplesmente, por isso sofri um pouco no fim da leitura.

Sobre a adaptação para o cinema (contém spoilers!):

Senhor dos Anéis - filme

Como já disse anteriormente, gosto muito dos filmes da série, dirigidos por Peter Jackson. Após ler os livros, assisti novamente aos filmes para poder compará-los adequadamente.

Não há muita diferença de enredo entre os dois. Claro que os livros têm mais história que os filmes e muita coisa foi cortada, como o Tom Bombadil e o expurgo do Condado, mas acho que foi uma boa adaptação, no geral.

O que me irritou no filme foi a mudança na personalidade de alguns personagens. Faramir quer o Anel para Gondor no filme, parecendo ser semelhante a Boromir, enquanto no livro ele nem pensa em fazer isso.

E, se eu já não gosto do Frodo nos livros, ele é muito pior nos filmes. Nos livros ele é bem sensato, mas os filmes só mostram os momentos de fraqueza dele. E, enquanto ele é claramente o “líder” de Sam na hora de entrar em Mordor e na própria jornada pelas terras de Sauron no filme, chegando até a ser convencido por Gollum que o jardineiro não é digno de confiança, no livro Sam que precisa animá-lo na maior parte das vezes. Tive a impressão de que Sam é burro nos filmes e fiquei brava por isso, já que ele é o meu personagem preferido.

O filme também tem bem mais cenas do romance de Arwen e Aragorn. Não gostei muito das cenas em si e da necessidade de colocarem a Arwen em todo momento (ela não precisava ter salvo Frodo no primeiro filme, né… Por que não deixar Glorfindel salvá-lo, como no livro?), mas ao mesmo tempo achei válido eles introduzirem o romance deles desde o começo, porque no livro a Arwen mal aparece e de repente se casa com o Aragorn. E as cenas de amor que têm no livro são de Faramir e Éowyn, enquanto no filme não há nada que deixe explícito que eles estejam juntos.

Assim como no caso dos livros, gosto mais do primeiro filme, depois do segundo e por último do terceiro. Acho a jornada por Mordor muito fácil no filme. Frodo é mordido por Laracna e pego por alguns orcs, Sam mata três orcs para salvá-lo e eles saem caminhando até a Montanha da Perdição, sem muitos problemas e com muita rapidez. Essa parte no livro é muito mais detalhada, chegando até a ser um pouco cansativa.

Pelo que pude perceber, os filmes deixam alguns detalhes sem explicação (por que Denethor é tão chato com Gandalf? Não lembro se tinha alguma referência ao Palantír no último filme), mas no geral é muito bem-feito e considero a adaptação boa.

sábado, 26 de junho de 2010

Livro reserva do Desafio Literário de Junho

Fala Sério, Professor Meu livro reserva desse mês é Fala Sério, Professor!, da Thalita Rebouças.

Fala Sério, Professor! mostra as relações da protagonista Malu com os diversos professores que teve em sua vida. Mas Malu não funciona como narradora para mim. Em Fala Sério, Mãe! grande parte do livro era narrada pela mãe da Malu, por isso achei o livro mais divertido.

Malu é sem-graça. Não tem nada de tocante nem de engraçado na relação dela com os vários professores que teve.

Mas o grande defeito do livro é o mau uso das gírias. Pelo menos aqui em São Paulo não usamos metade das gírias que tem no livro. Para começar, quem aqui fala “fala sério” com tanta frequência? Fala sério, Thalita! Assim, o linguagem do livro soou bem forçada (isso pode até ser coisa regional, mas também me desagrada a ideia de ela ter escrito o livro só para cariocas).

Também achei Malu bem comum. Imagino que seja de propósito, para as pessoas se identificarem com ela, mas isso não ocorreu comigo. A linguagem é forçada e Malu também.

Na verdade, acho que o livro é para pré-adolescentes. Talvez até seja uma boa leitura para eles, mas se você tiver mais de 13 anos e quiser um livro bom (não foi o meu caso, eu sabia que era ruim mas tinha curiosidade de ler), não leia este.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Desafio Literário de Junho

lacos de familia

O livro escolhido para o Desafio Literário desse mês foi Laços de Família, da Clarice Lispector.

Acredito que grande parte das pessoas, ao pensar em uma escritora brasileira, pensa logo em Clarice Lispector. Não é diferente comigo. Já tinha lido A Hora da Estrela e achei bem interessante, mas não tive certeza de que o compreendi completamente, pois o li muito rápido.

Já com Laços de Família foi diferente. Eu estava no clima de ler Clarice em quase todos os contos do livro, até porque, prestando atenção na leitura, fica fácil de se envolver com os contos.

Os contos do livro são basicamente sobre pessoas de nossa época e suas rotinas. Pessoas normais, que poderiam ser simplesmente entediantes nas mãos de outros autores, são exploradas de uma forma bastante intensa e introspectiva. Dessa forma, o leitor acaba compreendendo o personagem e até se identificando com ele.

Em quase todos os contos há a quebra da rotina. Um fato banal ocorre e faz o personagem repensar sobre a vida que levava, mostrando que para um conto ser bom não há necessidade de se ter um enredo fantástico.

Um fato curioso que ocorreu comigo é que depois de ler os contos ficava me imaginando como uma persongem de Clarice, pois acho que ela seria capaz de dizer em plavras muito do que somos incapazes de expressar.

Gostei especialmente do conto Feliz Aniversário, que mostra uma velha em conflito com sua família.

Enfim, Laços de Família é um livro belíssimo que merece ser lido em algum momento de angústia ou de desilusão. Ou simplesmente quando você estiver com vontade de ler algo mais introspectivo.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Livro reserva do Desafio Literário de Maio

LibbyManson O livro reserva do Desafio Literário de maio, cujo tema é chick-lit, é Os Príncipes Encantados de Libby Manson, da Jane Green.

Tenho que admitir que escolhi este livro simplesmente pela capa. Estava em um site de e-books, gostei desse e baixei, sem nunca ter ouvido falar da autora nem do livro.

O livro fala sobre Libby Manson, uma mulher de 27 anos que se apaixona por Nick, um escritor lindo e incrível, mas pobre e com amigos insuportáveis e, o pior de tudo, que não quer ter um relacionamento. Logo depois, Libby conhece Ed, um milionário que gosta muito dela, porém por quem ela não sente nenhuma atração.

O livro tem partes boas e partes ruins. O começo é envolvente, até pelo fato de Nick ser um personagem apaixonante. Mas quando Ed chega, a história desanda. Primeiro, vemos o quanto é Libby personagem é fútil e parece se importar mais com o dinheiro dele do que com todo o resto. Além disso, uma história boa se faz com personagens interessantes, certo? O Ed não atende esse requisito e, para mim, pareceu um tanto irreal.

Assim, a resposta à grande dúvida do livro, que é com qual personagem Libby vai ficar, se torna um tanto óbvia. Só de ler a descrição dos personagens já dá para saber com quem ela vai ficar, não?

Mesmo assim, o livro é interessante e, como Melancia, deve ser apreciado em momentos de tédio.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Desafio Literário de Maio

melancia

Li Melancia, de Marian Keyes, para o Desafio Literário de maio, que tem como tema chick-lit.

Gosto muito de teen chick-lit, mas o único livro que tinha lido antes de chick-lit para “gente grande” era Os Delírios de Consumo de Becky Bloom, que não adorei, mas também não odiei.

Com Melancia aconteceu a mesma coisa. Houve momentos em que fiquei com vontade de parar de ler, principalmente no começo, mas houve outros momentos em que não queria parar de ler.

Melancia é sobre Claire, uma mulher de 29 anos que é largada pelo marido logo após ter sua filha. Ela volta a casa de seus pais em Dublin, onde passa por ótimos e por péssimos momentos.

Basicamente, meu problema com o livro é a própria Claire. É claro que a narração em primeira pessoa faz o livro ficar mais divertido, mas há partes em que cansa ler todas as reclamações dela.

Para mim, a relação de Claire com sua família é o que há de melhor no livro, bem verdadeira e divertida. E Adam deixa o livro bem mais interessante.

Acho que o livro é bom para passar o tempo, assim como a maioria dos chick-lits, porém não fiquei com vontade de ler outros livros da autora.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Livro reserva do Desafio Literário

 VIDA_DE_DROGA Como não gostei muito do meu livro do Desafio Literário de abril e sobrou tempo para eu ler mais, decidi ler meu livro reserva, Vida de Droga, do Walcyr Carrasco.

O livro conta a história de Dora, uma jovem rica cujo pai perde o emprego de repente e então a família, após entrar em crise, passa a viver em um bairro mais pobre. A garota tem seus preconceitos no início, mas logo começa a fazer amigos. E, junto com eles, vêm as drogas.

No início, Dora fuma maconha só de vez em quando, sempre dizendo que pode parar quando quiser, porém ela passa a usar outras drogas e fica completamente viciada.

Vida de Droga é um livro que claramente quer passar moral, por mais que o autor diga o contrário. É normalmente lido na escola e por isso eu estava com expectativas ruins (não que todos livros que a escola passe sejam ruins, mas esse tipo de livro, que quer ser educativo, costuma ser chato), mas eu decidi ler do mesmo jeito.

O livro superou minhas expectativas. Gostei na maior parte do tempo, eu não queria parar de ler. Porém o achei meio exagerado e Dora, por mais que represente pessoas que devam existir, é preconceituosa e mal-educada sem motivos na maior parte do tempo, o que me deixou com raiva. Além disso, o final é previsível e, na minha opinião, um tanto irreal.

Eu recomendo a leitura a jovens que se interessam pelo assunto, não acho que seja um livro que agrade a todos.

domingo, 25 de abril de 2010

Desafio Literário de Abril

Button-Desafio-literárioO livro que escolhi para o tema de abril, um escritores latino-americanos, foi Orientação dos Gatos, de Julio Cortázar. 

Orientação dos Gatos é um livro de contos que minha irmã gostou e por isso o escolhi. Não tenho muito o que falar sobre o assunto do livro, já que são contos sobre diferentes assuntos.

Eu gostaria de dizer que amei o livro, mesmo. Mas não não posso. Não é que o livro seja ruim, muito pelo contrário. Porém eu não estava no momento certo para aproveitar totalmente a leitura.

Por ser um livro de contos, não é preciso manter sempre um ritmo ou algo do tipo, mas é melhor que prestemos atenção nos mínimos detalhes para entendermos os contos de uma forma melhor.

Não foi isso que fiz. Teve contos que parei no meio e continuei depois, sempre com uma leitura desatenta. Poucos me fizeram prender a atenção e entre estes destaco Tango de volta.

Em outros casos até prestei atenção na leitura, mas não entendi o sentido do conto.

De qualquer modo, não acho que o problema seja do livro. Deu para perceber que ele tem contos ótimos. Eu é que não consegui entendê-los. Pretendo reler o livro quando for bem mais velha e espero que consiga aproveitar mais a leitura naquele momento.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Desafio Literário de Março

Minha escolha original do tema de março, clássicos da literatura universal, era Drácula. Porém, fiquei com medo de não ter tempo de terminar de ler o livro e acabei lendo o livro reserva, O Médico e o Monstro, de R. L. Stevenson.

O livro conta a história de Mr. Utterson, que começa a reparar que seu amigo Dr. Jekyll tem alguma relação com o repugnante e violento Edward Hyde e quer descobrir mais sobre isso. A história é ambientada em Londres do século 19, uma cidade escura e misteriosa.O Médico e o Monstro O Médico e o Monstro é um livro curto, que pode ser lido facilmente de uma vez só. Eu não diria que é um livro de horror, mas trata de fato sobre o que há de ruim no ser humano.

O fato de eu já saber desde o começo a história inteira, por ter visto uma peça adaptada do livro, tirou um pouco do suspense. Mesmo assim, gostei da leitura. O livro pode não ser especialmente marcante, mas merece ser lido, principalmente por quem não conhece a história ainda.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Desafio Literário de Fevereiro

A minha escolha do Desafio Literário de fevereiro foi A Princesa à Espera, o quarto volume da série O Diário da Princesa, da Meg Cabot. Eu escolhi esse livro porque li os anteriores e gostei deles.

No livro, Mia Thermopolis viaja para Genovia e tem que ficar longe de seu amor, Michael Moscovitz, por um tempo.

A_PRINCESA_A_ESPERA Mia é uma personagem interessante, porém nesse volume ela está insuportavelmente insegura e me irritou muito durante o livro.

A parte da viagem para Genovia foi bem rápida de ler, mas foi bem chatinha também.

Depois que a Mia volta para casa fica mais cansativa, mesmo tendo momentos interessantes.

O livro seria extremamente entediante, se não fosse o final. Sempre me surpreendo com os finais dos livros do Diário da Princesa, eles fazem toda chatice do resto do livro ser esquecida e realmente dá vontade de continuar lendo a série. Além disso, o livro tem partes engraçadas, como as listas que Lilly e Mia fazem durantes as aulas.

No geral, A Princesa à Espera não empolga, mas ainda assim não me fez desistir de continuar a ler a série.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Desafio Literário 2010

Eu estava vendo alguns blogs por aí quando me deparei com um Desafio Literário, feito pelo blog Romance Gracinha, que propõe que você leia um livro de determinado tema por mês. Gostei da ideia e resolvi participar.Button-Desafio-literárioAqui vai a minha lista:

Fevereiro – Um livro que nos remeta aos contos de fada. É baba! Nem tudo é inovação. Há muitas histórias baseadas nos contos de fadas. Patinho Feio, A bela e a fera, Cinderela...

Livro escolhido: A Princesa à Espera – Meg Cabot

Março – Um clássico da Literatura universal. Só vale aquele que você nunca leu na vida. Sabe aquela coleção em destaque na estante que está lá só para fazer bonito? É lá que você vai pescar esse.

Livro escolhido: Drácula – Bram Stoker

Livro reserva: O Médico e o Monstro – R. L. Stevenson

Abril – Um livro de escritor(a)Latino-Americano. Leitura inédita só para lembrar!

Livro escolhido: Orientação dos Gatos – Julio Cortázar

Livro reserva: Vida de Droga – Walcyr Carrasco

Maio – Para aliviar, vai aí um Chick-lit. O mar está para peixe no que diz respeito ao gênero.

Livro escolhido: Melancia - Marian Keyes

Livro reserva: Os Príncipes Encantados de Libby Manson – Jane Green

Junho – Um livro de uma escritora brasileira.

Livro escolhido: Laços de Família – Clarice Lispector

Livro reserva: Fala Sério, Professor! – Thalita Rebouças

Julho – Um livro adaptado para o cinema. O que mais há ultimamente!

Livro escolhido: O Senhor dos Anéis – J. R. R. Tolkien

Livro reserva: O Turista Acidental – Anne Tyler

Agosto – Um romance policial. Vale os autores mais clássicos ou autores do romance “romântico” policial.

Livro escolhido : Assassinato no Expresso do Oriente – Agatha Christie

Livro reserva: Sally e a Maldição do Rubi – Phillip Pullman

Setembro – Um romance histórico. Cá entre nós, esse gênero é o queridinho de muitas!

Livro escolhido: O Nome da Rosa – Umberto Eco

Livro reserva: Jonathan Strange & Mr. Norrell - Susanna Clarke

Outubro – Um livro que contenha uma lição de vida. Pode ser ficção ou não-ficção. Viu como facilitei?

Livro escolhido: A História de Edgar Sawtelle - David Wroblewski

Livro reserva: A Escada dos Anos – Anne Tyler

Novembro – Um livro de escritor(a) de Portugal. Com a aproximação ortográfica porque não uma aproximação literária?

Livro escolhido: Ensaio sobre a Cegueira – José Saramago

Livro reserva: O Conto da Ilha Desconhecida – José Saramago

Dezembro – Um livro (ficção ou não ficção) que tenha a palavra "Coração" no título.

Livro escolhido: Coração de Gelo – Sophie Weston

Livro reserva: Coração de Vidro – José Mauro de Vasconcelos

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Qualidade ou quantidade?

Há muitas discussões interessantes sobre livros na comunidade do Orkut do Skoob (e eu só observo, nunca posto nada). Uma dessas era sobre qualidade ou quantidade.

De primeira, todo mundo diz qualidade. Melhor ler um livro bom do que ler dois ruins, quase todos concordam nesse ponto.

Mas o que é um livro ruim? São poucos que fazem a distinção entre qualidade e gosto pessoal, então nesse caso o que vale mesmo é a qualidade.

Os que fazem a distinção normalmente consideram livros clássicos ou elogiados pela crítica como bons (e alguns devem dizer que best-seller são ruins também, mas disso eu discordo). Ou seja, pode haver livros ruins que você gosta e  livros bons que você não gosta

E é isso que faz a diferença para responder se eu  prefiro qualidade ou quantidade.

Eu leio um monte de livros que considero ruim, mas gosto. Um exemplo: Crepúsculo. Eu achei super legal quando li, mesmo sabendo que era ruim, me cansando da repetição da Stephenie Meyer, do Edward (sério. Todo mundo reclama da Bella e tal, mas o único personagem que eu queria matar mesmo é o Edward) e principalmente achando aquela aventurinha final muito FAIL. Não é um livro que vai te marcar (na verdade é, pois o livro virou a nova sensação, então não tem como se esquecer dele), mas eu gostei enquanto li.

Já Papéis Avulsos, do Machado de Assis é um exemplo do contrário. Eu li, só gostei de O Alienista e acho o livro bom. Embora esse exemplo seja ruim, porque eu não gostei por não ter entendido, é o único que vem em mente agora.

Então, se me perguntarem se eu prefiro Crepúsculo ou Papéis Avulsos, eu direi que prefiro Crepúsculo (ou não), mas que Papéis Avulsos é MUITO melhor.

Ou seja, eu prefiro ler dois livros ruins que eu goste do que um bom que eu não goste.

Qualidade e quantidade também pode ser referente a sua leitura. Você prefere ler bem ou ler muito?

Eu, infelizmente, prefiro ler muito (não que eu leia muito, mas eu definitivamente não leio bem). Desde pequena, me estimulavam a ler vários livros e não a ler com calma, prestando atenção a cada detalhe (também, não tem muitos detalhes para reparar em livros infantis).

E lendo rápido as releituras valem a pena, pois você vai reparando nos detalhes que não tinha percebido antes e acaba descobrindo novamente a história.

É isso.

(sempre quis terminar algo dizendo “É isso”, assim como o Pasquale faz em sua coluna na Folha de São Paulo)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Apresentação

Eu já havia pensando em fazem um blog muitas vezes. Cheguei a fazer um com uma amiga e minha irmã, só que acabamos largando ele por não ter nada de útil para falar (e porque ninguém lia o blog, haha).

A minha insatisfação com aquele blog me fez pensar em fazer outro, mas dessa vez queria que ele durasse mais. Não sei se durará, porém estou satisfeita.

O nome do blog é retirado do livro Oliver Twist e é uma piada interna, mas acho que é um bom nome (ou não).                        

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Infelizmente, não entendo nada de HTML e não sei colocar legenda na foto, que representa Oliver Twist na cena que ele diz “Please Sir, I want some more.” e acaba sendo expulso do lugar onde vivia, por pedir mais.

A ideia do blog é falar sobre tudo que eu tiver vontade: música, filmes, livros…

Espero que gostem!