quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Frango com Ameixas, Marjane Satrapi

Frango com Ameixas

Minha quarta (e última!) leitura do Desafio nesse mês foi Frango com ameixas, da Marjane Satrapi. O motivo para a leitura foi que minha irmã alugou na biblioteca, mas eu já estava com curiosidade de ler algo da Marjane além de Persépolis, então foi uma boa opção.

O livro conta a história do tio-avô de Marjane, um músico que tem o seu tar (instrumento musical iraniano) quebrado e decide morrer. Esperando a morte, deitado em sua cama, ele reflete sobre sua vida.

A história pode parecer simples, mas é carregada de reflexão. Não dá para não se relacionar de alguma forma com os acontecimentos. E o jeito que a autora narra, com a mistura de humor e melancolia temperada por seus simples e estilosos desenhos, não deixa a história ser só uma história.

A leitura é rápida e o final é incrível. É uma revelação bem óbvia, mas só no último capítulo que realmente entendi sobre o que é a história.

Em comparação com Persépolis, esse livro não tem tantos fatos históricos, mas por se passar no Irã as diferenças culturais obviamente são percebidas. Por ser curto e menos focado na parte histórica, não é nada cansativo (o que para mim é o defeito de Persepólis).

Enfim, esse livro foi uma surpresa. Sabia que ia gostar, mas não tanto. Fica a dica para quem quer ler uma graphic novel rápida e impactante.

Frango com Ameixas

(esse mês eu praticamente só mandei bem nas leituras. Graphic novels são minha nova paixão!)

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Daytripper, Fábio Moon e Gabriel Bá

Daytripper

Minha terceira leitura para o Desafio foi Daytripper. Comprei na promoção junto com Retalhos e finalmente tirei o livro do armário. A promoção foi uma ótima desculpa, porque eu tinha curiosidade em ler essas graphic novels, mas ao mesmo tempo não tinha certeza se iria gostar (e são muito caras para simplesmente não gostar!). Felizmente, o dinheiro foi bem gasto. Daytripper foi basicamente o que eu esperava: uma ótima graphic novel.

A história é sobre Brás de Oliva Domingos, que escreve obituários e sonha em virar um grande escritor. Não tem muito o que falar sem estragar a história, o importante é que, por mais que pareça confuso nos primeiros capítulos, logo se entende a lógica.

A estrutura do livro é muito bem pensada e faz uma história comum não se tornar tão comum assim. O fato dos autores serem brasileiros e da história se passar no Brasil é um ponto positivo, pois traz familiaridade. É impossível não ficar feliz em reconhecer os cenários paulistanos.

Apesar de eu não gostar muito do traço dos autores nesse livro, é só uma questão de gosto, acho que é o estilo que se encaixa na história e a arte é muito bem-feita.

Como a leitura acabou sendo meio pausada, perdeu parte do entendimento. Eu entrei na história rapidamente, mas acabei demorando para ler o final e ao ler as últimas páginas já não vi tanto sentido, não sei se entendi… Mas mesmo assim não deixei de ficar triste por terminar de acompanhar a vida (ou as vidas?) de Brás.

Enfim, assim como Retalhos, não sei se o livro vai agradar a todos e talvez não deva ser lido em qualquer momento. Mas quem gosta de algo mais reflexivo pode ler sem medo.

Ilustração

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Retalhos, Craig Thompson

Retalhos

Minha segunda leitura para o Desafio deste mês foi Retalhos. Eu sempre ouvi falarem bem do livro e o traço do autor me encantou, então comprei numa promoção da Fnac no ano passado e guardei para lê-lo no Desafio Literário.

O livro é basicamente uma auto-biografia do autor, Craig Thompson. Ele conta como foi a sua infância em uma pequena cidade americana com sua família, muito ligada à religião, sua adolescência, em que conhece Raina e se apaixona, e o início de sua vida adulta.

É um enredo simples, mas que me prendeu completamente. Não sei se foi por ser narrado em quadrinhos, se foi por eu, em parte, me identificar com Craig, se foi pela história em si com as reflexões que são proporcionadas por ela… Provavelmente foi por tudo isso. O fato é que eu realmente não queria largar o livro. Se teve um livro que eu não queria que terminasse, é esse.

O desenho serve muito bem completando a história e facilita, ao meu ver, a empatia pelo livro. Se o livro não fosse em quadrinhos, tenho as minhas dúvidas até se teria simpatia por Craig. É incrível como o autor consegue mostrar tão bem sua história e seus sentimentos e passá-los para o leitor. No fim, fiquei morrendo de vontade de conhecer a neve, tão significativa para a história.

Como vocês devem ter percebido, minha relação com o livro foi bem subjetiva… Não acho que o livro vai agradar todo o mundo, mas fica a recomendação.

Quadrinho

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Fagin, o Judeu, Will Eisner

Fagin, o Judeu

A primeira leitura do Desafio desse mês foi Fagin, o Judeu, do Will Eisner. Não foi uma leitura planejada, minha irmã pegou o livro na biblioteca e eu não vi motivo para não ler.

O livro tenta dar uma nova visão à vida de Fagin, o vilão de Oliver Twist. Mostra a sua vida desde o início e todo o preconceito que ele teria sofrido por ser judeu, até chegar nos acontecimentos de Oliver Twist.

É um livro curto, li em mais ou menos uma hora e valeu a pena, mas achei o livro bem corrido. A parte da história de Fagin que foi narrada no livro de Dickens está bem condensada na graphic novel e, na minha opinião, confusa. Se eu não tivesse lido a obra original, teria achado o livro mais confuso ainda.

Gostei da arte, até porque não estou acostumada com pinturas detalhadas em quadrinhos, em geral é tudo em preto e branco. Os tons de marrom fazem a diferença.

Enfim, é uma leitura que não me marcou, mas foi um bom entretenimento. Acho que por ser em quadrinhos foi muito mais fácil me envolver com a história.