segunda-feira, 30 de abril de 2012

O Perfume, Patrick Süskind

O Perfume

É quase um mês atrasada que terminei de ler O Perfume para o Desafio Literário. Esse atraso se deu por diversos motivos: eu li pelo computador, estava cheia de coisas para fazer e também por um certo desânimo…

Como a história é bem conhecida e estou com preguiça, não vou fazer uma descrição do enredo.

O livro tinha tudo para dar certo: um personagem extremamente peculiar e interessante, um pano de fundo histórico bem construído, um narrador bem humorado (o início do livro, contando o nascimento do Grenouille, é genial e tem tons de Oliver Twist)… Mas o livro não me cativou. Admito que não estava no humor para o livro, cheio de descrições e com poucos diálogos. E quando você fica bastante tempo sem ler, acaba perdendo o ânimo… Terminei de ler por obrigação mesmo. Quem sabe no futuro eu releia no humor certo. Ou não.

De qualquer forma, é um livro muito bom sim e eu recomendo. Deve ser lido no momento certo.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Não Me Abandone Jamais, Kazuo Ishiguro

Não Me Abandone Jamais Eu ainda nem terminei a leitura do Desafio do mês passado, mas já li o livro desse mês, de literatura oriental.

Bom, apesar de não ser grande conhecedora, tenho interesse por literatura oriental, principalmente japonesa. Posso não ter lido quase nada, mas sei o nome dos principais autores e tal. Então já tinha várias opções em mente e acabei escolhendo Não me abandone jamais, do Kazuo Ishiguro.

O livro me chamou a atenção pela sinopse e o enredo de ficção científica, que entra em confronto com o título romântico.

Não tem muito para falar da história sem estragar o mistério, que aliás já é estragado na maioria das sinopses sobre o filme… O que sabemos logo ao começar a ler é que Kathy, a narradora do livro, vai ser doadora, após anos sendo uma boa cuidadora. Com isso, ela começa a lembrar de sua vida, da sua adolescência no internato Hailsham, com seus amigos Tommy e Ruth…

Na verdade, o livro não tem tanta história assim. É mais parado, são as memórias de Kathy contadas em tom de conversa, informal, o que pode irritar alguns e ser meio cansativo, mas eu achei o vocabulário bem escolhido e me parece ter tido uma boa tradução.

A leitura foi bem rápida para os meus padrões. Demorei mais de uma semana, mas só devo ter pego o livro uns cinco dias… Ou seja, eu me interessei bastante. Como os eventos são meio banais, às vezes cansava ler sobre mais uma briga de Kathy e Ruth, mas sempre dava vontade de ler mais um capítulo, até porque em geral os acontecimentos são citados, mas não explicados, nos fins dos capítulos (o que eu acho sacanagem, mas funcionou para mim).

Apesar de parecer pela minha resenha que o livro é sobre nada, apenas sobre o cotidiano dos amigos, há, claro, um tom filosófico e uma grande discussão por trás da história. Eu não achei tão brilhante assim, mas é de fato o que te faz pensar que valeu a pena ter lido o livro.

Assim, a leitura para mim foi proveitosa, principalmente em termos de prazer. Mas para muitas pessoas, o livro é chato e entediante, enquanto outras são completamente apaixonadas… Recomendo para quem gosta de livros que tragam grandes reflexões sobre a condição humana (por mais pretensioso que isso possa soar). E, caso alguém tenha preconceitos contra literatura oriental, esse livro não traz quase nenhum elemento cultural japonês. A história se passa na Inglaterra e o livro foi escrito em inglês, porque o autor apenas nasceu no Japão, mudando-se para a Inglaterra na infância.