segunda-feira, 30 de março de 2015

Morte no Nilo, Agatha Christie

Morte no Nilo

— Sim, sim, é óbvio, como já disse. E tão comum também! Geralmente encontramos estas passagens nos livros policiais. Atualmente está um pouco vieux jeu! O que leva a crer que o assassino é uma pessoa muito simplória.

Não sou muito fã da Agatha Christie, mas gosto de ler romances policiais de vez em quando, e os dela são fáceis de achar. Morte no Nilo é, acredito eu, um dos livros mais conhecidos da autora, e vale a fama que tem.

A diferença entre esse e os outros três livros que li da autora é que Morte no Nilo apresenta uma grande variedade de personagens que é explorada mesmo antes do crime. Os personagens são caricatos, mas isso até é positivo, pois são tratados com ironia. Não tinha reparado que a autora era irônica desse jeito nos outros livros, vai ver eu não estava no humor certo quando os li.

Continuo não gostando do Poirot, mas pelo menos nesse livro achei sua arrogância engraçada. No entanto, o livro tem algumas coisas um pouco machistas e racistas. Nada de surpreendente, considerando a sociedade da época, mas foi a primeira vez que isso me incomodou em um livro da autora.

Costumo me sentir traída no final dos livros policiais por achar as resoluções sem noção demais (na verdade, fico é com vergonha de não ter adivinhado o criminoso). Nesse não achei tão surpreendente, mas ainda assim achei um pouco estranho o modo que o crime foi feito. Talvez eu tenha que parar de se importar com verossimilhança para gostar mais de romances policiais…

Enfim, não tenho muito mais o que falar. Recomendo o livro para fãs de romances policiais e para quem quer uma leitura fácil, rápida e que prende a atenção.

Avaliação final: 3,5/5

sexta-feira, 27 de março de 2015

A esperança, Suzanne Collins

A esperança

Atenção: Esse post contém spoilers!

Panem et Circenses se traduz por “pão e circo”. O escritor queria dizer que em retribuição a barrigas cheias e diversão, seu povo desistira de suas responsabilidades políticas e, portanto, abdicara de seu poder.

Li Jogos vorazes no final de 2010 e Em chamas no começo do ano passado. E só agora, em 2015, terminei a trilogia lendo A esperança. O bom de ler depois de todo o bafafá passar é que as expectativas diminuem e não preciso explicar o enredo porque todo mundo já conhece (eu, preguiçosa?). O ruim é que é mais difícil lembrar o que as outras pessoas acharam do livro e tentar comparar a minha leitura com a dos outros.

A minha opinião de A esperança coincide com a de toda a trilogia: legal, rápido de ler, prende a atenção, mas tenho vários probleminhas com o enredo ou com personagens. Não são questões críticas sérias, são coisas pessoais que talvez sejam difíceis de entender, mas o blog é meu e eu escrevo o que eu quiser, né?  É difícil, com livros tão comentados, fazer uma resenha comum apresentando o livro, então só quero fazer um apanhado geral das minhas impressões.

Para começar, vamos falar sobre a Katniss. Não é segredo que eu não gosto dela. É uma personagem interessante, mas detesto a sua narração. Não sei se os livros ficariam melhor com um narrador em terceira pessoa, porque acho que parte da graça é ter sentimentos, mesmo que raivosos, sobre os personagens. Mas em A esperança Katniss está deprê e para baixo e não dá para ficar muito brava com ela. O problema é que não dá para torcer por ela também, por sua falta de carisma. É tipo o que sinto nos filmes da Sofia Coppola (amo/sou comparações que só fazem sentido para mim): filmes sobre o vazio existencial me trazem sentimentos vazios. E eu leio ou vejo filmes para sentir alguma coisa.

Aliás, não consegui ficar emocionada com quase nada durante o livro. As mortes são pouco exploradas e acho a Prim uma personagem tão sem graça que queria mesmo que ela morresse para não aparecer mais . O Peeta está bem estranho e achei a história das teleguiadas muito viajada. Para ser sincera, não curto a parte tecnológica da trilogia. Entendo que tem que ter alguma criatividade e diferença em relação à nossa sociedade, mas às vezes é muito exagerado, o que até dificulta o entendimento (fiquei sem entender direito até agora o que é o Holo).

Não sei se eu compro totalmente a ideia da guerra como ela aconteceu, mas também não imagino sendo de outro jeito (o que basicamente resume todas as minhas críticas sobre a série: reclamo, mas não sei se ficaria melhor de outro jeito). O final é meio sem graça, mas, de novo, acho que é como tinha que ser.

A minha avaliação parece contraditória com o que falei até agora, mas é porque eu gostei do livro durante a leitura. Comecei a me questionar mais depois de ter acabado.

Para resumir: valeu a pena ter lido a trilogia? Sim. Indico para outras pessoas? Sim. Compraria para ter na minha estante? Não. Mas fiquei bem curiosa para ver os filmes, que muita gente acha melhor do que os livros. Eu vi só o primeiro e achei uma adaptação razoável, mas como o segundo lançou antes de eu ter lido o respectivo livro, fiquei atrasada e estou esperando passar na TV.

Ah, e sobre a edição: os últimos dois livros que li, contando com esse, foram da Rocco, e achei a revisão de ambos um pouco fraca. Espero que tenham corrigido/corrijam os erros nas edições futuras.

Avaliação final: 3,5/5

sexta-feira, 20 de março de 2015

Por você, Laurelin Paige

Por você

Embora seu olhar não fosse tão intenso como tinha sido quando eu o conheci, sua atração continuava tão forte quanto daquela vez, e eu sabia, absoluta e inequivocamente eu sabia, que ele me desejava tanto quanto eu o desejava.

Em geral, participo de todas as cortesias do Skoob que me interessam minimamente. Se penso: eu leria esse livro se ele chegasse a mim de alguma forma, eu entro no sorteio. Por isso, acabei ganhando livros que não são exatamente a minha cara, como o livro dessa resenha. Mas gosto de lidar com meus preconceitos, descobrir se estão certos ou não.

Por você, da Laurelin Paige, é um romance erótico. Ele conta a história de Alayna, uma jovem bartender. Após conseguir seu diploma de MBA, ela quer ser promovida, com um posto de gerente na boate em que trabalha. O foco no trabalho é o que a distrai de seus problemas: ela tem facilidade em ficar obcecada por homens e chega até a persegui-los dependendo do tamanho da obsessão.

Um dia, a boate é comprada pelo empresário podre de rico Hudson. Ele tem uma proposta difícil de resistir para Alayna: ela deve fingir ser sua namorada em troca do pagamento de suas dívidas estudantis. Mas essa proposta e a atração que os dois sentem um pelo outro podem trazer de volta os vícios de Alayna. O que ela ainda não sabe, no entanto, é que Hudson também tem grandes problemas.

O livro foi meu primeiro contato com romances eróticos. Não é um gênero que eu leria se não caísse nas minhas mãos, mas eu tinha sim certa curiosidade em relação ao sucesso de vários livros. Se não li Cinquenta tons de cinza, fiquei com Por você mesmo. E a experiência valeu a pena, mas não foi a ideal. Acho que vou ficar longe do gênero enquanto a proposta de um livro não me agradar.

O meu problema principal é que eu não consigo gostar de Hudson. Ele é rico, gostoso e controlador. E é para a gente gostar dele só por causa disso. Mas não tolero gente ciumenta, que omite informações e, acima de tudo, que objetifique mulheres (por isso os ciúmes: ele não gosta de compartilhar suas COISAS). Acho problemático esse homem ser o ideal que muitas mulheres desejam, mas não vou entrar nessa discussão porque é bem complicada e ainda tem muita coisa nela que me deixa em dúvida do que pensar.

Em uma comparação com o que sei sem ler de Cinquenta tons de cinza, no entanto, Por você tem seus méritos. Alayna é uma mulher decidida e que só é submissa quando quer. Ela gosta de se vestir de maneira sensual, está bem resolvida em relação à sua sexualidade e é uma ótima profissional. Alayna gosta de homens dominadores e embora às vezes Hudson faça besteiras, eles sempre conseguem resolver as coisas de comum acordo.

A leitura em si foi interessante. O livro tem conflitos e dramas, não é só cenas de sexo — que, inclusive, vão se tornando cada vez mais breves conforme a história vai se desenrolando, como se a autora não quisesse se repetir. Fiquei presa na leitura, mas, parando para pensar melhor depois de terminado o livro, a estrutura é sim um pouco repetitiva: são situações que levam a pequenas cenas de drama, que normalmente terminam com Alayna chorando e Hudson a consolando, e depois cenas de sexo.

Sobre as cenas eróticas, não sou a pessoa mais indicada para falar, porque achei risível. Mas Por você não parece sair muito do clichê do gênero, então quem gostar de livros do tipo e achar Hudson de fato um cara ideal provavelmente vai curtir as cenas também.

O livro é o primeiro de uma série e não sei de onde vai sair tanta enrolação para mais livros. Não pretendo ler as continuações, mas valeu a leitura. Agora posso parar de participar de cortesias eróticas no Skoob, porque já matei minha curiosidade.

Avaliação final: 2,5/5

segunda-feira, 16 de março de 2015

Os (não tão) últimos filmes que eu vi #11

Estou atrasada, muito atrasada. Nesse post, vou comentar os últimos filmes que vi em 2014. São oito filmes, em vez dos cinco que eu comentaria normalmente, mas acho que o post não fica muito longo mesmo assim. Pensei em comentar mais alguns, mas agora que estou em aula vejo bem menos filmes, então acho que tudo bem continuar três meses atrasada. Algum dia, eu juro, vou ficar em dia com essa seção.

1- Um conto chinês (Sebastián Borensztein, 2011)

Um conto chinêsTinha vontade de ver esse filme desde que ouvi falar da sua história curiosa, que envolve uma vaca caindo do céu. Não conheço muito do cinema argentino, mas gostei dos filmes que já vi de lá — na medida em que é possível generalizar cinema por nacionalidade, né… Enfim, achei Um conto chinês um filme gostoso de assistir, que prende a atenção, mas eu esperava um pouco mais depois de ver tanta gente o elogiando. Avaliação: 3,5/5

2- Harry & Sally: feitos um para o outro (Rob Reiner, 1989)

Harry e Sally Gosto bastante de assistir comédias românticas, mas não conheço muitos filmes antigos do gênero. Por isso, não sei dizer o quanto Harry & Sally usou clichês e o quanto foi original, mas de qualquer jeito é um filme gostoso de assistir e, tirando uma das cenas finais, que achei forçada, o roteiro é bem desenvolvido. Os personagens têm vida própria e a relação entre Harry e Sally parece real. Avaliação: 3,75/5 (queria ser menos chata, mas o blog é meu e tenho a liberdade de dar essas notas quebradas!)

3- O homem da lua (Stephan Schesch e Sarah Clara Weber, 2012)

O homem da lua A animação passou no Festival Internacional de Cinema Infantil, então eu e minha irmã, crianças com mais de vinte anos, decidimos assistir, já que é rara a chance de ver uma animação assim nos cinemas do Brasil. É um filme bonito e que mistura vários traços na animação. A trilha sonora é muito boa e o filme tem referências que podem agradar aos mais velhos. Mas a história em si não me empolgou muito. São vários núcleos de personagens que vão se repetindo e acho que alguns deles, como a menina no carro com o pai e o cachorro, podiam aparecer menos, porque acabou ficando cansativo. De qualquer jeito, vale a pena pela arte. Avaliação: 3,75/5

4- Amostras grátis (Jay Gammill, 2012)

Amostras grátis É um desses filmes com cara de independente que passam toda hora na HBO. Vi um pedaço um dia e mesmo não tendo gostado muito, queria ver inteiro para avaliar melhor. O filme é sobre uma jovem que precisa trabalhar em um caminhão de sorvete dando amostras grátis para substituir uma amiga. Não é um enredo complexo e a história é meio parada — vemos a relação da protagonista com os clientes, alguns conhecidos dela e outros não, e é isso. Mesmo assim, o filme prendeu minha atenção. Provavelmente não vai mudar a sua vida, mas dá para passar o tempo. Avaliação: 3/5

5- Histórias de amor (Josh Radnor, 2012)

Histórias de amor Acho que ouvi falar desse filme em algum Tumblr por aí, alguma citação ou algo do tipo. Achei o nome original, Liberal arts, curioso (diferente do genérico Histórias de amor). Os personagens do filme são interessantes, e os diálogos também, mas senti falta de alguma coisa. Achei a história meio solta, faltou aprofundar algo, não sei… Talvez eu preferisse um filme que se levasse menos a sério, ou que tivesse menos núcleos e focasse em apenas um aspecto da vida do protagonista. Não é ruim, mas é esquecível. Vale pelas falas que viram citações no Tumblr mesmo. Avaliação: 3/5

6- Summer wars (Mamoru Hosoda, 2009)

Summer wars Tenho vontade de ver quase toda animação japonesa que chega a mim, então não recusei uma chance de ver Summer wars no cinema (novamente, devo agradecer ao Centro Cultural São Paulo pelas mostras de filmes com temas interessantes e pelo preço do ingresso de um mísero real). O filme tem uma temática abrangente, que envolve desde adolescentes e família até um sistema virtual e uma inteligência artificial que pode dominar o mundo. Gostei tanto das partes cotidianas quanto das futuristas, mas não entendi algumas coisas e achei o filme sem noção demais em alguns pontos. Está longe de ser minha animação favorita, mas vale a pena para quem gosta desse tipo de filme. Avaliação: 3,5/5

7- Nausicaä do Vale do Vento (Hayao Miyazaki, 1984)

Nausicaa Adoro os filmes do Miyazaki, mas ainda não tinha visto Nausicaä. O filme lembra Princesa Mononoke, do mesmo diretor, em alguns aspectos, e podemos ver várias características típicas dos filmes do Miyazaki: a mensagem ecológica passada de forma clara, o foco na aviação, as personagens femininas fortes e bem desenvolvidas… Achei que o filme podia ter sido um pouco mais curto, outra coisa que também é típica da minha relação com o diretor: acho alguns filmes dele cansativos. Enfim, não é meu favorito, mas é uma boa animação. Avaliação: 3,5/5

8- Três é demais (Wes Anderson, 1998)

Três é demaisEu não sabia da existência desse filme até vê-lo na programação do Telecine. Como está na lista dos 1001 filmes para ver antes de morrer e é do Wes Anderson, diretor por quem eu tenho simpatia e já vi dois filmes, decidi assistir. O filme já mostra uma certa estranheza que se desenvolverá nos filmes posteriores do diretor, mas não me conquistou. Não entendi se era para simpatizar com o protagonista ou não, mas eu o achei muito chato. Três é demais prendeu a minha atenção, e é engraçado ver o Jason Schwartzman novinho, mas achei o filme esquecível, tanto que esqueci de escrever sobre ele depois de assistir e nem percebi, e às vezes vejo minha lista de filmes e penso “o que raios é Três é demais?” (o que também é culpa da mudança do título, é verdade. O nome original é Rushmore). Avaliação: 3,5/5

quinta-feira, 12 de março de 2015

Hibisco roxo, Chimamanda Ngozi Adichie

Hibisco roxo

Mesmo assim, Jaja sabia o que eu comia de almoço todos os dias. Havia um menu colado na parede da cozinha, que Mama mudava duas vezes por mês. Mas ele sempre me perguntava o que eu tinha comido. Com frequência fazíamos perguntas cujas respostas já sabíamos. Talvez fizéssemos isso para não precisarmos formular as outras perguntas, aquelas cujas respostas não queríamos saber.

Foi por um acaso que o primeiro livro da Chimamanda Ngozi Adichie que li foi Hibisco roxo. E que acaso feliz! Tenho a impressão de que foi o livro certo para conhecer a obra da autora, já que é o primeiro romance dela. Minha ideia inicial era ler Meio sol amarelo, apenas por ser o primeiro livro da autora que conheci, e o que me despertou a vontade de ler algo da escritora. Mas acabei deixando a leitura para depois, e nesse meio tempo ela lançou Americanah e ficou bem mais conhecida no Brasil, despertando mais ainda minha vontade de ler.

Quando finalmente eu e minha irmã decidimos de uma vez por todas ler algo da Chimamanda, não havia Meio sol amarelo na biblioteca. Então, acabamos lendo Hibisco roxo, livro que conta a história do amadurecimento de Kambili, uma jovem nigeriana. Ela é filha de um homem de grande poder econômico que, apesar de ser considerado uma pessoa notável pela comunidade por sua resistência política e ajuda aos necessitados, é violento e intolerante em casa. Kambili está acostumada com sua vida regrada e silenciosa, mas quando passa a conviver mais com sua tia Ifeoma e seus primos, ela vê uma nova realidade. Realidade essa que, mesmo mais pobre, é libertadora para a garota.

Eu queria saber escrever bem sobre quando gosto muito de um livro, ter críticas bem desenvolvidas falando de suas qualidades, mas isso é um pouco difícil para mim. Quando um livro me toca, ele simplesmente o faz, sem tantos motivos racionais para isso. E Hibisco roxo me emocionou de uma forma que faz muito tempo que um livro não fazia. Não sei se é algo por trás da minha identificação com Kambili, de ver a minha insegurança e timidez nela mesmo com realidades familiares e sociais tão distintas, ou pelo fato de Chimamanda escrever tão bem, de um modo que a gente simplesmente entra no livro e entende tudo o que os personagens sentem. Provavelmente, é pelos dois motivos. O fato é que eu devorei o livro mais rápido do que pretendia, embora o final não tenha me animado tanto quanto o meio.

Mas Hibisco roxo não é só a jornada emocional da sua protagonista. É também um livro com críticas sociais e políticas fortes. O livro fala de colonização, de questões religiosas, de corrupção. A Nigéria, tão distante de nós, tem vários aspectos que lembram o nosso país. E é por isso que gosto de ler sobre outras realidades: além de ver as diferenças culturais, vemos também as semelhanças. Todos os livros, afinal, falam sobre humanos, de uma forma ou de outra.

Avaliação final: 4,5/5

Para conhecer mais sobre a obra da autora, recomendo a leitura desse post da Revista Pólen. E, aproveitando a discussão da Chimamanda sobre o perigo de uma história única para fazer um dos meus desabafos antiamericanos, o que dizer do Goodreads, que tem uma tag chamada cultural? A definição é de que livros culturais mostram um lugar ou tempo e sua cultura (ué, me diga um livro que não se encaixe nessa descrição?), e a maioria dos livros da categoria é estrangeira ou sobre personagens não brancos. Ou seja, segundo essa visão, livros sobre americanos brancos não são sobre cultura, são só livros, enquanto os estrangeiros se tornam representantes do país ou continente em questão… Não sou contra separar livros por nacionalidade, se fosse não estaria fazendo a volta ao mundo em 80 livros, mas separar livros como “cultural” é um tanto idiota e segregacionista.

De qualquer jeito, eu sigo na vontade de desfazer mais histórias únicas, e indico Hibisco roxo para quem quer fazer o mesmo.