sábado, 29 de setembro de 2012

A Cabana, William P. Young

A Cabana

Minha segunda leitura do Desafio Literário de agosto foi A cabana. A minha intenção não era para lê-lo exatamente para o Desafio, mas como o tema encaixou e senti falta de mitologia cristã na lista das pessoas (como se mitologia só fosse algo que com certeza não existisse, modelos superados para a maior parte das pessoas de hoje), decidi resenhá-lo também.

Primeiramente, gostaria de dizer que não entendo nada de religião. Não acredito em Deus, não sei as grandes diferenças entre as religiões cristãs… Então se eu falar uma grande besteira, ignorem (ou me avisem!). E se você for uma pessoa que se ofende facilmente, não recomendo que leia a resenha.

Li A cabana porque minha tia me emprestou. Eu até tinha curiosidade de ler o livro, mas num sentido mais “vou-ler-para-falar-mal”. No entanto, até que me surpreendi com a leitura.

O livro conta a história de Mackenzie, um homem que passa por grandes conflitos religiosos. Um dia, ele recebe um bilhete, assinado por “Papai”, dizendo para ir à cabana, lugar onde sua filha fora assassinada. Sem saber se é uma piada ou se é mesmo Deus, ele vai e lá vive uma forte jornada espiritual.

O início do livro parece um suspense/romance policial genérico, o que pode causar uma impressão falsa em algum leitor desavisado. O meio e o fim são auto-ajuda, uma conversa com Deus, Jesus e Espírito Santo, meio entediantes, mas de fácil leitura.

O que me surpreendeu na leitura foi a visão de Deus. Encontrei um Deus com quem quase simpatizei. Gostei do fato de ele ser contra religião e a Igreja como instituição. É um Deus que só quer amor, não um grande tirano que muitas religiões pregam indiretamente que ele seja. Inclusive, por ser um Deus mais livre, muita gente mais religiosa pode se sentir ofendida. No final, se não entendi ou não concordei com grande parte do conteúdo, faz parte também. Não esperava ler um livro e sair acreditando em Deus por causa dele.

Literariamente, é um livro bem pobre. Mackenzie é bem repetitivo nas suas falas, a escrita é simples, a história não se desenvolve. Mas não é para ser um grande livro de ficção, uma aventura, e sim algo mais reflexivo mesmo.

Enfim, recomendo apenas para pessoas com uma mente mais aberta mesmo. O livro pode ofender gente mais religiosa e irritar gente sem fé alguma.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Fábulas e Lendas Japonesas

Fábulas e Lendas Japonesas

Li Fábulas e Lendas Japonesas para o Desafio Literário de setembro, cujo tema é mitologia. Escolhi porque já o tinha em casa e, honestamente, o tema não me chamou atenção a ponto de buscar por novidades. Além disso, queria conhecer mesmo mais histórias tradicionais do Japão.

Como o título sugere, o livro traz fábulas e lendas japonesas. Algumas são bem conhecidas, como Urashima-tarô e outras nem tanto, assim como algumas trazem elementos obviamente japoneses e outras são mais genéricas.

Em comum, todas têm uma moral clara. Normalmente, ensinam que devemos sempre fazer o bem, que quem faz o bem é recompensado e que você sempre poderá ser perdoado se tiver boas intenções no futuro. São morais ótimas e realmente valem como moral, mas na leitura do todo, acaba ficando irreal e repetitivo. É claro que as fábulas não devem ser contadas todas de uma vez nem nada do tipo e talvez seja por isso que a repetição me incomodou. Ler as histórias seguidas acabou me irritando. São muitos homens bons e pobres que fazem algo bom e são recompensados, virando ricos (em uma história, o homem inclusive passa a ter lacaios!).

Mesmo com a repetição, o livro vale para conhecer mais a cultura japonesa e refletir sobre seus elementos e também pelas belas ilustrações.

P1030097 (me desculpem pela péssima qualidade da foto)

Recomendo para interessados em conhecer as histórias japonesas mais clássicas.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Still Waters, Emma Carlson Berne

Still Waters

Eu achei que não ia mais me atrasar com o Desafio Literário… Mas me enganei. A minha intenção inicial era ler O Iluminado para o mês de terror, mas ele estava alugado na biblioteca que eu ia, portanto tive que recorrer para um livro emergência, um que eu baixei só pela sinopse.

A premissa lembra vagamente a de O Iluminado: um casal vai numa casa abandonada e o homem começa a pirar. Só que este livro é YA, portanto adicione à premissa o fato do cara ser lindo e incrível e “oh-meu-deus-como-ele-tão-popular-pode-gostar-de-mim-pobrezinha-nerd?” e a namorada Hannah não consegue dizer ao seu maravilhoso namorado que o ama. Ou seja, de terror o livro não tem quase nada. E a parte não de terror também não convence, basicamente porque Hannah é mais tapada que Bella Swan.

Aqui temos os fatos: Hannah descobre que a família de Colin, o namorado, tinha uma casa no interior (preste atenção no tempo verbal: TINHA. Nem Colin lembra mais direito da casa). Ela tem uma brilhante ideia: por que não viajar com o namorado para essa casa, da qual ela não faz a mínima ideia do estado, sem saber mesmo se ela ainda está de pé? Então o casal (Colin ainda não sabe para onde vai, já que Hannah acha que a surpresa irá deixá-lo muito mais feliz) parte com umas roupas, um mapa decadente e quase nenhum alimento. Genial, não? Nossa querida protagonista acha que uma casa abandonada vai ter comida e eletricidade! Aí as coisas estranhas começam a acontecer, até chegar num clímax fraco e numa resolução mais fraca ainda e completamente sem graça.

Os pontos positivos? Não é especialmente mal escrito, a leitura até que flui, principalmente no meio, e, bom, eu até achei interessante o conflito não-consigo-dizer-eu-te-amo-mas-eu-te-amo. O problema é que eu realmente não consegui engolir a premissa.Talvez verdadeiros fãs de YA se interessem mais. E eu fico devendo algo que dê medo de verdade e continuo querendo conhecer Stephen King.