segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

The Graveyard Book, Neil Gaiman

The Graveyard Book

A minha última escolha para o Desafio Literário deste mês foi The Graveyard Book, do Neil Gaiman. Minha irmã tem esse livro há um tempo e eu ainda não tinha lido, mesmo sendo fã do autor, então aproveitei o tema infanto-juvenil para lê-lo.

O livro é sobre Nobody Owens, um órfão que teve sua família assassinada e mora em um cemitério. O menino é criado por fantasmas, fica amigo de uma bruxa e seu guardião, Silas, não faz parte do mundo dos mortos nem dos vivos. O livro mostra a infância de Nobody e como ele amadurece, enquanto o assassino de sua família está à solta procurando por ele.

O livro é escrito de forma simpática, que eu realmente gostei. Os personagens são todos interessantes e bem construídos. Fiquei com vontade de saber mais sobre Silas, Liza, Miss Lupescu e sobre muitos dos mortos que estão no cemitério.

Os primeiros capítulos do livro contam fatos separados da vida de Nobody e aos poucos as coisas vão se unindo e fazendo sentido. Mas eu me decepcionei um pouco com o final, para falar a verdade.

Ainda assim, The Graveyard Book é um livro muito bom e pode ser lido por todos.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A História de Despereaux, Kate DiCamillo

A História de Despereaux

- Porque você, camundongo, pode contar uma história para Gregório. Histórias são luz. A luz é preciosa num mundo tão escuro. Comece do começo, conte uma história para Gregório. Faça alguma luz.
Despereaux queria muito viver, por isso ele disse:
- Era uma vez…

(A História de Despereaux, p. 76)

Era uma vez um camundongo chamado Despereaux. Ele vivia num castelo e era um camundongo diferente. Por exemplo, ele gostava de ler, em vez de comer os livros. Um belo dia, Despereaux conhece a princesa Ervilha e se apaixona por ela.

Temos também a história de Chiaroscuro, um rato que gostava da luz mas que não é bem recebido pela família real pois deveria pertencer ao escuro, no calabouço, e de Migalha Sementeira, uma pobre garota que quer ser princesa. Os dois se unem num plano maligno e eu só posso dizer que o resto envolve um pouco de sopa e um carretel de linha.

O livro, como imagino que já tenha dado para perceber, é uma espécie de conto de fadas moderno. Eu consigo me ver lendo o livro para uma criança e por isso acho meio ruim o fato da narradora sempre conversar com o leitor. Não os comentários em si, mas ela sempre dizer “leitor” me incomodou um pouco, afinal, quem ouve a história não é exatamente o leitor.

Os personagens são interessantes, especialmente Chiaroscuro, com suas dúvidas em relação a ser do escuro ou ir para a luz. A história é contada de forma simples e as ilustrações, do Timothy Basil Ering, são bonitas.

Enfim, é um livro muito fofo, um belo infanto-juvenil.

Sobre a adaptação para o cinema:

O Corajoso Ratinho DespereauxTive a oportunidade de ver o filme logo após ler o livro (obrigada, Telecine!). Infelizmente por isso, acabei comparando as duas histórias bem mais do que deveria se visse o filme bem depois de ter lido o livro.

O filme traz uma história bem similiar à do livro, com algumas mudanças boas e outras que não me agradaram tanto.

Eu gostei de terem feito toda um mundo/cidade para os ratos e para os camundongos, além de terem mostrado mais quem morava fora do castelo, pois ficou bem bonito.

O filme muda um pouco algumas personalidades. Despereaux não é tão corajoso no livro, embora isso não seja problema, enquanto a princesa é muito mais chata no filme e Migalha Sementeira me pareceu mais patética no filme também.

Também acho estranho a diferença que todos veem no filme entre camundongo e rato/ratazana. Tudo bem, eu também imagino um camundongo fofo e uma ratazana assustadora, mas nem por isso ia ficar feliz se visse um camundongo no meu quarto, afinal, ele também é sujo! E no desenho os dois não são muito diferentes, a ratazana nem é muito grande nem suja.

Outra coisa que eu não gostei muito foi a narração, achei desnecessária em alguns momentos e a mulher na versão dublada poderia estar narrando um documentário que não seria tão diferente do jeito que ela narrou.

De qualquer forma, eu gostei do filme, mas teria gostado bem mais se o tivesse visto antes de ler o livro.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Holes, Louis Sachar

Holes

Outro livro da biblioteca alugado pela minha irmã (mas também com a minha aprovação!). Se não me engano, esse livro foi uma das opções de livro de férias, na escola, mas acabei lendo outro. Eu nunca tinha ouvido alguém falar que leu o livro, mas como gosto de literatura infanto-juvenil tive interesse em lê-lo.

Holes é sobre Stanley Yelnats, um garoto que é acusado indevidamente de um roubo de um par de tênis e tem duas opções: ou ele vai para a cadeia ou para o Camp Green Lake. Ele escolhe a segunda opção e descobre que o Camp Green Lake não tem um lago, pois este secou há muito tempo. Lá, o garoto tem que cavar um buraco todo dia, supostamente para formar o caráter. Mas, ao encontrar um misterioso objeto, Stanley começa a suspeitar que na verdade a dona do acampamento está à procura de alguma coisa mais importante enterrada no solo do lago.

Ao mesmo tempo, o livro também conta a história de um antepassado de Stanley, o responsável pelo azar das gerações seguintes da família, pois foi amaldiçoado ao quebrar uma promessa.

O livro foi uma grata surpresa. Depois de ler um livro que promete que tudo vai ter a ver com tudo e na verdade não tem (A Órbita dos Caracóis), ver que tudo está realmente interligado em outro livro é gratificante, mesmo que algumas das ligações sejam previsíveis.

Os personagens do livro são simpáticos, no geral. A maioria é bem construído (embora eu ainda ache que Mr. Pedanski se torna mal de repente), original e real.

A leitura foi rápida, divertida e surpreendente. O livro deveria ser mais conhecido.

Há uma adaptação para o cinema, chamada em português de O Mistério dos Escavadores, que eu não vi ainda e nem pretendo ver depois de descobrir que quem faz o Stanley é o Shia LaBeouf.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A Bolsa Amarela, Lygia Bojunga

A Bolsa Amarela

Li esse livro porque era a outra escolha do Desafio Literário da minha irmã. Não tinha lido nada da autora antes, por falta de interesse mesmo.

O livro conta a história de Raquel, uma garota que tem três grandes vontades: de crescer, de escrever e de ser um menino. Sua família não apoia a garota, zombando das histórias criadas por ela e a menina decide guardar suas vontades em uma bolsa amarela dada pela tia.

A leitura foi agradável, mas não consegui me identificar com a protagonista, pois não conheço alguém que tenha uma família como a dela, apesar de saber que existem muitas. O final do livro que realmente me fez gostar da história, pois é uma graça.

De qualquer jeito, por mais que eu tenha gostado do livro, acho que teria aproveitado mais se fosse mais nova.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A Órbita dos Caracóis, Reinaldo Moraes

A Órbita dos Caracóis

Li A Órbita dos Caracóis porque foi a escolha da minha irmã para o Desafio Literário. Eu não sabia muito bem sobre o que era o livro, só achava a capa bonitinha.

O livro é sobre Tota e Juliana, um casal de jovens paulistanos. Um dia, a garota é perseguida por um homem e depois descobre que uma pessoa, que foi assassinada logo depois, deixou um pequeno CD na antena de seu carro. Por que ela foi assassinada? Ao mesmo tempo, outras pessoas morrem ao comer escargots. Por quê? É na resolução desses dois mistérios que se baseia a história do livro. Mas, por mais que esses eventos pareçam ter uma relação, eles não têm, o que me decepcionou um pouco.

O que eu mais gostei no livro foi o modo que o narrador conta a história, com um vocabulário que me agradou (e não, não sei definir que tipod e vocabulário me agrada), mas não gosto dele conversando com o leitor, porque para mim isso infantiliza o livro, que não considero para crianças, e sim para jovens.

Achei também o final um pouco forçado, mas o livro se revelou bem divertido.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O Rapto do Garoto de Ouro, Marcos Rey

O Rapto do Garoto de Ouro Li O Rapto do Garoto de Ouro, do Marcos Rey, para o Desafio Literário de janeiro, cujo tema é literatura infanto-juvenil. Escolhi esse livro porque queria ler mais algum livro da coleção Vaga-Lume e gosto de outros livros do Marcos Rey.

O livro é sobre Alfredo, o Garoto de Ouro, um jovem que se tornou uma estrela do rock e é raptado no dia de seu aniversário. Os amigos dele, Ângela, Gino e Leo (os mesmos de O Mistério do Cinco Estrelas, Um Cadáver Ouve Rádio e Um Rosto no Computador), decidem investigar o caso. Então, eles passam a entrevistar pessoas do bairro, que conheciam Alfredo, para tentar resolver o crime antes da família do Garoto de Ouro ter que pagar o resgate.

O Rapto do Garoto de Ouro é um livro de mistério “tradicional”, sem muitas surpresas em relação ao formato e, infelizmente, em relação ao final também. Não era tããão óbvio, mas como eu suspeito de todo mundo, não me surpreendi. Apesar disso, é um livro gostoso de ler, curto, fácil e divertido, bom para incentivar o gosto pela leitura dos mais jovens.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Cidade de Ladrões, David Benioff

Cidade de Ladrões

Também ganhei Cidade de Ladrões de aniversário, de uma amiga que disse ter gostado muito do livro. Só consegui lê-lo no fim de dezembro e terminei a leitura no começo desse ano.

O livro conta a história de Lev, um jovem que vive na Rússia na Segunda Guerra Mundial que, por desrespeitar as leis, recebe uma missão um tanto estranha: levar uma dúzia de ovos para que a esposa de um coronel possa fazer um bolo de casamento para sua filha. Junto com Lev vai Kolya, que também desrespeitou as leis, abandonando o exército em que estava. Os dois então saem em busca dos ovos pela região em que vivem, que está miserável, passando por situações diferentes das quais estavam acostumados.

Gostei muito dos personagens principais, Lev é um personagem realista e Kolya é bem carismático, com suas piadas e citações a autores russos.

A história é interessante, mas não conseguiu me prender, do tipo que eu gosto quando estou lendo mas não fico com vontade de ler.

De qualquer forma, é um bom livro.