terça-feira, 25 de agosto de 2020

Os (realmente não tão) últimos filmes que eu vi #25

E seguimos com os filmes vistos em 2016, quando saíamos de casa sem preocupação e eu ainda estava na faculdade.

 
1.  Jogos vorazes: a esperança - parte 1 (Francis Lawrence, 2014)
O terceiro livro da série é o que eu menos gosto, então minhas expectativas não estavam muito altas. O fato de terem dividido a história em duas partes também aumentou a desconfiança com o filme. A primeira parte trata da preparação para a guerra e é.... ok, eu acho? A adaptação é fiel — pelo que me lembro do livro, o que não é muito — e o filme consegue trazer os conflitos da trama para a tela, mas falou alguma coisa para mim: mais emoção, brilho próprio, não sei. Avaliação: 3,5/5

2. A era do rádio (Woody Allen, 1987)
Outro Woody Allen que vi para a faculdade, dessa vez com foco na era de ouro do rádio. O filme é bem fragmentado, misturando a história de um garoto que também é o narrador com anedotas e fofocas das estrelas do rádio. Embora esse formato não seja muito fácil de prender a atenção, como as historinhas são engraçadas isso acaba compensando. O filme tem aquele tom nostálgico e ao mesmo tempo muito irônico tal qual vários outros filmes do diretor. Na escala filmes do Woody Allen, esse fica no meio da lista. Avaliação: 3,5/5 

3. Jogos vorazes: a esperança - o final (Francis Lawrence, 2015)
A segunda parte foca na jornada de Katniss e companhia até a Capital e o derradeiro fim da série. Aqui temos mais ação — diferente do anterior, que mostrava a estratégia. Novamente é uma adaptação bem razoável, e de novo sinto falta de alguma coisa. O fato é que Jogos vorazes, tanto os livros quanto os filmes, nunca terá o peso de um Harry Potter ou de outra série que eu acompanhava mais nova, e não adianta eu ter expectativa de que isso vai acontecer. Avaliação: 3,5/5
 
4. Uma mulher sob influência (John Cassavetes, 1974)
O filme do John Cassavetes mostra um casal e seus problemas. Nick, o marido, é um trabalhador de família italiana, e Mabel é sua esposa, uma dona de casa que não consegue se expressar diante da repressão que vive e é vista como louca pelos outros. Vi esse filme para a aula de literatura e cinema e estava com medo de ser chato, mas acabei surpreendida. A atuação da Gena Rowlands, a Mabel, é incrível e me deixou impressionada. Infelizmente, a temática do filme se mantém atual, com o ideal de mulher como "bela, recatada e do lar" em alguns grupos dominantes da sociedade. Não vou dizer que é um filme fácil de assistir, porque suas duas horas e meia de duração podem passar lentamente, em especial no início, mas vale a pena. Avaliação: 3,5/5

5. Dente canino (Yorgos Lanthimos, 2009)
A premissa do filme, do mesmo diretor de O lagosta, foi o que me intrigou: em uma família, há a regra de que os filhos só podem sair de casa quando seus dentes caninos caírem. Assim, os três ficam presos no terreno da casa e vivem de acordo com o que os absurdos que pais explicam para eles, completamente alienados. E é isso o filme, uma sequência de bizarrices bem encadeada, e vamos compreendendo as ações dos personagens aos poucos. É chocante e perturbador e não traz respostas óbvias e finais fechados, e saí do Cinusp atordoada e impressionada com o que tinha visto. Avaliação: 4/5

6. Digimon Adventure tri. 3: Kokuhaku (Keitaro Motonaga, 2016)
E continuamos a saga de Digimon. A terceira parte é tão (des)interessante quanto a primeira e a segunda, agora focando nos dramas do TK e do Patamon. Avaliação: 3/5

7. A arte da conquista (Gavin Wiesen, 2011)
O filme estava na minha lista faz tempo porque é uma comédia romântica com a Emma Roberts e o Freddie Highmore, dois atores de que gosto. Mas acabei um pouco decepcionada. Os personagens não têm muito carisma. Freddie interpreta o garoto introvertido e sem motivação, um pouco niilista e deprimido. Emma é a garota que vai dar sentido à vida dele e só está lá para isso. Não sei, talvez a minha cota de filmes-sobre-jovens-tristes-que-terão-sua-vida-transformada-por-garotas já tenha passado do limite. Mas acho que o problema principal é que o filme não desenvolve o suficiente as outras partes. Tem conflitos familiares, dramas com a escola e a relação do protagonista com a arte, mas embora isso tudo ganhe resolução faltou a profundidade que eu esperava — e olha que eu nem esperava muito por saber que o foco seria no romance. Enfim, é assistível e dispensável. Avaliação: 2,5/5

8. Nashville (Robert Altman, 1975)
Outro das obrigações da faculdade, o filme compõe um retrato da cidade americana capital do country a partir de dezenas de personagens, de cantores consolidados no gênero, empresários, aspirantes a celebridades, todos com ligações entre si. Também não é um filme fácil de assistir, demora um tempo para entender quem é quem, mas o esforço é recompensado. A relação entre política e o mundo do entretenimento está sempre em pauta e o final fecha com chave de ouro todo esse mosaico de personalidades. Avaliação: 4/5

9. A vida acontece (Kat Coiro, 2011) 
Uma comédia levinha para ver quando precisamos de filmes mais positivos quase sempre é uma boa, né? No caso, temos Krysten Ritter interpretando uma mãe cuja vida não mudou tanto assim após ter o bebê (tirando, obviamente, o fato de ter que cuidar do filho). A história é bem previsível, e exatamente por isso é um filme gostosinho de ver. Avaliação: 3/5

10. O abutre (Dan Gilroy, 2014) 
Esse é um daqueles filmes hollywoodianos elogiados por todo mundo por ter uma temática interessante e uma boa atuação. Jake Gyllenhaal interpreta Louis, um trambiqueiro que descobre que pode ganhar muito dinheiro filmando acidentes, crimes e outras coisas horríveis. A partir daí ele vai ficando cada vez mais maníaco para criar o seu império de filmagens e vemos como ele e a mídia não têm escrúpulos. Para ser sincera, pelo que tinham falado do filme eu esperava algo mais impactante. Não que seja sem graça, mas achei o filme um pouco esquecível. Não sei se é porque o formato é tradicional demais ou porque não ligo tanto para o tema, mas foi um filme que pensei "nossa, que louco" enquanto via e depois de desligar a TV não pensei mais nele. Avaliação: 3,5/5