quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Qualidade ou quantidade?

Há muitas discussões interessantes sobre livros na comunidade do Orkut do Skoob (e eu só observo, nunca posto nada). Uma dessas era sobre qualidade ou quantidade.

De primeira, todo mundo diz qualidade. Melhor ler um livro bom do que ler dois ruins, quase todos concordam nesse ponto.

Mas o que é um livro ruim? São poucos que fazem a distinção entre qualidade e gosto pessoal, então nesse caso o que vale mesmo é a qualidade.

Os que fazem a distinção normalmente consideram livros clássicos ou elogiados pela crítica como bons (e alguns devem dizer que best-seller são ruins também, mas disso eu discordo). Ou seja, pode haver livros ruins que você gosta e  livros bons que você não gosta

E é isso que faz a diferença para responder se eu  prefiro qualidade ou quantidade.

Eu leio um monte de livros que considero ruim, mas gosto. Um exemplo: Crepúsculo. Eu achei super legal quando li, mesmo sabendo que era ruim, me cansando da repetição da Stephenie Meyer, do Edward (sério. Todo mundo reclama da Bella e tal, mas o único personagem que eu queria matar mesmo é o Edward) e principalmente achando aquela aventurinha final muito FAIL. Não é um livro que vai te marcar (na verdade é, pois o livro virou a nova sensação, então não tem como se esquecer dele), mas eu gostei enquanto li.

Já Papéis Avulsos, do Machado de Assis é um exemplo do contrário. Eu li, só gostei de O Alienista e acho o livro bom. Embora esse exemplo seja ruim, porque eu não gostei por não ter entendido, é o único que vem em mente agora.

Então, se me perguntarem se eu prefiro Crepúsculo ou Papéis Avulsos, eu direi que prefiro Crepúsculo (ou não), mas que Papéis Avulsos é MUITO melhor.

Ou seja, eu prefiro ler dois livros ruins que eu goste do que um bom que eu não goste.

Qualidade e quantidade também pode ser referente a sua leitura. Você prefere ler bem ou ler muito?

Eu, infelizmente, prefiro ler muito (não que eu leia muito, mas eu definitivamente não leio bem). Desde pequena, me estimulavam a ler vários livros e não a ler com calma, prestando atenção a cada detalhe (também, não tem muitos detalhes para reparar em livros infantis).

E lendo rápido as releituras valem a pena, pois você vai reparando nos detalhes que não tinha percebido antes e acaba descobrindo novamente a história.

É isso.

(sempre quis terminar algo dizendo “É isso”, assim como o Pasquale faz em sua coluna na Folha de São Paulo)

4 comentários:

  1. Eu concordo com a sua opinião. Às vezes acho que as pessoas levam a leitura muito a sério, sendo que grande parte das pessoas lê para se divertir ou para passar o tempo, e aí o que importa é que a pessoa goste do livro, não que ele seja uma obra-prima.
    E em relação à qualidade da leitura em si, admito que leio muito mal, por isso mesmo esqueço do que leio :/. Mas quando estou gostando do livro eu quero saber o que vai acontecer, aí acabo lendo tudo meio apressado...

    Obs: Você lê a coluna do Pasquale? xD

    Uma pequena correção: no segundo parágrafo você escreveu "quantidade", mas aí não seria "qualidade"?

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  2. Sim, eu leio a coluna do Pasquale às vezes... É interessante que eu sempre acho que ele trata de uns temas bem complexos, mas a última vez que eu li sua coluna estava falando de coisas que eu já sabia

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  3. Nossa, essa discussão vai longe mesmo... Mas achei interessante seu ponto de vista, hm. Eu não sei se tenho uma opinião formada à respeito. Acho tudo muito relativo. Já li "clássicos da literatura" que não me agradaram muito e até me achei um pouco retardada por não ter gostado de algo que era mundialmente reconhecido. Mas às vezes é questão de momento também. Às vezes a gente lê um livro em um momento inapropriado e acaba não aproveitando ele. Eu fui tentar ler Machado de Assis quando tinha uns 13 anos e a escola mandou, mas não entendi absolutamente nada e fiquei com muita implicância. Só depois de muitos anos é que eu fui perder essa implicância. E livros ruins são igualmente relativos. Às vezes pra uma pessoa o livro não significou nada, mas mudou a vida de outra. Não sei, essa discussão é tensa, duraria uma vida inteira hahaha. Enfim, gostei do post :) Beijos!

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  4. "e até me achei um pouco retardada por não ter gostado de algo que era mundialmente reconhecido"
    Hahaha, é essa a minha sensação quando não gosto de clássicos, eu acho que eu sou burra por não gostar (mas acho que vou ter tempo para isso, sou muito novinha). Mas de fato, livros são bem relativos, mas eu acho que o importante é saber argumentar, saber porque você gostou e acha bom mesmo e não dizer só que é gosto pessoal e cada um tem o seu.
    Obrigada pelo comentário :D
    Beijos

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