sexta-feira, 29 de abril de 2011

Feios, Scott Westerfeld

Feios

Tally Youngblood é feia. Prestes a completar dezesseis anos, espera ansiosa por sua operação, que a tornará perfeita. Assim, ela poderá viver em Nova Perfeição, cheia de gente bonita à sua volta com muitas festas e diversão. Porém,sua amizade com Shay, outra feia, pode pôr em risco tudo aquilo que Tally sempre sonhara e até mesmo mudar seus pensamentos em relação àquilo que deseja.

Feios, do Scott Westerfeld, foi a minha terceira leitura do Desafio Literário de abril. Escolhi esse livro pela sinopse mesmo, por ser uma distopia juvenil e que propõe algo um pouco diferente. Seu foco não é político. E é aí que está a principal falha do livro, na minha opinião.

Feios traz um reflexão sobre a ditadura da beleza, mas não de forma satisfatória. O que ele nos diz é óbvio. As críticas mais evidentes não espantam ninguém. Falar que nós estamos destruindo o meio ambiente e que a anorexia é ruim chega a ser clichê.Talvez não tanto em um livro para adolescentes que em teoria não é para ser educativo, mas a forma como ele critica é rasa. Até o meio do livro, não houve nada que me fizesse simpatizar pelo mundo criado pelo autor e pela história em si. Felizmente, a parte final conseguiu me deixar com uma impressão não tão negativa.

Mesmo assim,os personagens, em sua maioria, são chatos. Tally é burra demais, Shay é rebelde demais, Peris é idiota. Mas aí temos David, um personagem feito para cair no gosto das garotas. E caiu no meu. Apesar de ser bem clichê, ele tem a sua simpatia e a história se transforma quando ele aparece e os segredos, apesar de também serem óbvios, são revelados.

Este foi o segundo livro do Scott Westerfeld que eu li e não gostei muito. Além das histórias sem muita graça, o estilo do autor não me agradou. Enfim, apesar de tudo, talvez eu leia a continuação, pois o final me deixou curiosa para o próximo.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O Homem do Castelo Alto, Philip K. Dick

O Homem do Castelo Alto

- De mistério não – disse Paul. – Ao contrário, uma interessante forma de ficção, talvez dentro do gênero de ficção científica.

- Oh, não – discordou Betty. – Não tem nada de científico. Não se passa no futuro. Ficção científica lida com o futuro, sobretudo o futuro em que a ciência é mais adiantada do que agora. O livro não é nada disso.

- Mas – disse Paul – trata do presente alternativo. Existem muitos livros célebres de ficção científica desse gênero. – Explicou para Robert: – Perdoe minha insistência mas, como minha mulher sabe, fui durante muito tempo fanático por ficção científica. Comecei a ler o gênero aos doze anos.  Nos primeiros dias da guerra.

(O Homem no Castelo Alto, p. 127)

A minha segunda leitura do Desafio Literário de abril foi O Homem no Castelo Alto, de Philip K. Dick, um dos principais autores do gênero.

O livro conta como seria se a Segunda Guerra Mundial tivesse sido vencida pela Alemanha e pelo Japão, quais as consequências para o mundo e principalmente para os Estados Unidos, país onde estão os protagonistas do livro.

O livro mostra vários personagens diferentes, cujas histórias se entrelaçam. Alguns me interessam bastante, mas aqueles nos postos políticos me entediaram um pouco, imagino por falta de conhecimento sobre o assunto.

A influência do I Ching na história foi um tanto exagerada, na minha opinião. Foram muitos os momentos filosóficos de personagens como o sr. Tagomi que não conseguiram me fazer filosofar nada, diferente da história em si que me fez refletir.

O que eu mais gostei da história foi a metalinguagem: um livro de história alternativa que traz como um dos elementos principais um livro de história alternativa, em que a Alemanha e o Japão perderam a guerra.

Para mim, a ideia de O Homem do Castelo Alto ficou muito além da execução. O livro tem uma ideia muito boa, mas com algumas partes entediantes e um final que me decepcionou.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O Guia do Mochileiro das Galáxias, Douglas Adams

O Guia do Mochileiro das GaláxiasO tema de abril do Desafio Literário é ficção científica e minha primeira escolha é O guia do mochileiro das galáxias, do Douglas Adams. Escolhi esse livro por ser muito comentado e por eu já ter visto o filme de 2005 (e não gostei deste, mesmo com o Marvin mais cativante).

O livro conta sobre Arthur Dent, um homem comum. Num belo dia, a sua casa deve ser destruída para a construção de um desvio. Então, aparece seu amigo Ford Prefect e o salva da súbita destruição da Terra, pegando carona em uma alienígena. Pouco depois, eles se juntam a Zaphod, Trillian e Marvin, o robô maníaco-depressivo. Sempre em companhia de Ford vai também O guia do mochileiro das galáxias, o melhor guia de viagens interplanetário.

A leitura foi fácil, rápida e divertida. Não achei o humor tão genial quantos muitos acham e não cheguei a gargalhar, mas foram vários os sorrisos ao ler o livro. Além disso, o livro tem alguns momentos reflexivos também. Porém, alguns momentos foram tecnológicos demais para mim (leia-se: não entendi nada).

Sobre os personagens, gostei mais do Arthur (é normal, sem muita personalidade, portanto rola uma identificação comigo). Achei alguns chatos, mas necessários, como Zaphod, enquanto Marvin foi uma decepção. Gostei tanto dele no filme, mas achei-o irritante em vários momentos no livro…

Enfim, é um livro bom, mas quem tem altas expectativas corre chance de se decepcionar. Eu pretendo ler os outros (quando a coleção estiver com desconto no Submarino), mas dando um tempo entre um volume e o próximo, para não ficar cansativo.