sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Por isso a gente acabou, Daniel Handler

Por isso a gente acabou

Mas é por isso que já estava condenado, bem ali. A gente não podia ter só as noites de magia zumbindo pelos fios. A gente tinha que ter os dias, também, os belos e impacientes dias que estragavam tudo com os cronogramas inevitáveis, os horários obrigatórios que não se cruzavam, os amigos leais que não se gostavam, os absurdos imperdoáveis rasgados da parede independemente das promessas feitas depois da meia-noite, e foi por isso que a gente acabou.                                                                                                                                                              (Por isso a gente acabou, p. 94)

Eu queria ler este livro desde que ele foi lançado. Daniel Handler é o homem que deu origem às Desventuras em série, esta série de livros curiosa, sensacional e criativa, e queria saber como seriam os seus outros livros. Comecei a ler The basic eight, mas por ler no computador pausadamente, o livro não engatou e eu desisti. Aí saiu Por isso a gente acabou no Brasil, e junto com ele um mar de resenhas elogiosas em blogs. Depois de um tempo, vi umas opiniões bem negativas, então não sei dizer se minhas expectativas eram altas. E também não sei bem dizer o que eu achei do livro.

O livro conta a história de Min Green, uma garota cinéfila que se apaixona por Ed Slaterton, um jogador de basquete. Os dois vivem um breve amor, mas terminam, e Min escreve uma carta para Ed enviando de volta as recordações do casal e explicando o relacionamento deles.

Eu achei o livro bem envolvente no começo, quando Min e Ed começam a namorar, mas lá pelo meio ficou um pouco cansativo e, supreendentemente, achei o final rápido demais, meio mal resolvido. Não sei. Tem horas que critico algumas coisas, depois retiro o que disse, ou entendo por que o autor fez aquilo…

Enfim, coisas mais objetivas sobre o que eu achei: a leitura é rápida, mesmo que eu tenha achado o livro cansativo às vezes; o livro é ilustrado, e apesar de eu não ter achado especialmente bonito como muita gente achou, é uma coisa que faz muita diferença e destaca o livro; eu não gostei das citações de filmes inventados, mas prefiro isso do que citações de filmes de verdade nesse caso, porque name-dropping nem sempre é legal; eu não gostei da Min e nem do Ed, e mesmo assim eu gostei do livro. Achei o livro sincero, honesto no tratamento romântico, e acho que muita gente pode se identificar com ele.

Avaliação final: 3,5/5

3 comentários:

  1. Acho que gostei do livro menos que você, mas gostei de ter lido. Gostei da forma como o livro é estruturado, gostei do estilo, mas não gostei dos personagens nem do enredo. E acho que como o Daniel Handler é o Lemony Snicket eu esperava mais, mesmo após ler/ver as resenhas negativas.

    Mas ainda darei uma nova chance a ele, pois quero ler The Basic Eight.

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    1. Se você gostou menos do que eu, por que você deu 4 estrelas para o livro?

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    2. Haha, minha memória me deixou na mão (ou posso dizer que avaliações são subjetivas, minhas 4 estrelas podem ser inferiores às suas)

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