segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O que eu ouvi #1

E aí eu decidi escrever também sobre música. Eu não entendo nada teórico sobre o assunto, mas desde quando não saber algo técnico me impediu de falar sobre isso? Meu blog foca em achismos e em opiniões, não em críticas bem fundamentadas, então... Antes de começar, preciso esclarecer umas coisinhas: primeiro, eu não presto muita atenção em letras de música. Sério. Eu pego o tom geral da coisa, mas é difícil eu me importar com isso. Em segundo lugar, estou escrevendo de acordo com os álbuns que ouço no meu iPod. Eu ouço sem fazer outra coisa para poder selecionar as músicas que ficam e as que vão embora. E como eu já estava ouvindo a minha biblioteca em ordem antes de decidir escrever, os álbuns vão sair mais ou menos em ordem alfabética começando pela letra L, com uma exceção ou outra baixada posteriormente. Ah, e minha irmã compartilhou o computador comigo por muitos anos, então tem algumas coisas que são dela no meio. Como temos um gosto parecido, nunca tive a necessidade de separar o iTunes ou coisa assim. Por último, vou deixar o link do youtube das músicas favoritas, mas não vou substituí-lo quando alguns deles certamente saírem do ar, e o link do álbum no rateyourmusic se por algum acaso alguém se interessar em ler mais resenhas sobre o CD — normalmente os textos de lá são bem críticos, nos dois sentidos: manjam mais do assunto e são bem mais chatos e rigorosos e muitas vezes elitistas.

Talvez isso não interesse ninguém além de mim, mas achei que seria interessante. Eu constantemente abro meu player e não faço a menor ideia do que ouvir diante de tantas opções, por isso escrever sobre os álbuns vai me fazer lembrar do que eu gosto. E se ajudar alguém com alguma indicação já é ótimo também. E de qualquer jeito esses posts não vão ser tão frequentes, não se preocupem.

1- Little Deuce Coupe (The Beach Boys, 1963)
É um álbum de músicas curtinhas, de mais ou menos dois minutos. As harmonias mantêm o padrão Beach Boys. Está longe de ser a obra-prima deles, mas é a surf music típica e por algum motivo as músicas falam sobre carros(?). Avaliação: 3,5/5

2- Little Joy (Little Joy, 2008)
O Little Joy surgiu quando eu era bem fã dos Strokes, então fiquei feliz em gostar do projeto paralelo do Fabrizio Moretti. É um tipo de música bom para ouvir deitada na rede ou na praia, bem gostosinha, com um clima de preguiça de fim de semana. O CD, também curtinho, mistura as vozes dos três membros da banda e tem músicas em inglês e em português, algumas mais calmas e outras agitadinhas. Avaliação: 3,5/5

3- The Little Mermaid (Alan Menken e Howard Ashman, 1997)
Minha irmã gosta bastante do filme, então baixou a trilha sonora, porque quando se gosta de um filme da Disney está implícito que se gosta da trilha sonora dele também. Não consigo julgar o quanto gosto das músicas sem relacionar com as memórias da infância, mas de qualquer jeito adoro a maioria das músicas cantadas. Para as instrumentais eu não ligo tanto, mas no geral é uma trilha sonora bem simpática. Avaliação: 3,5/5

4- Have You in My Wilderness (Julia Holter, 2015)
Estava vendo uma lista de melhores álbuns do ano e obviamente descobri que não tinha ouvido falar de quase nada. Tentando ficar por dentro, fui ouvir algumas músicas para decidir quem eu ia baixar, e a Julia Holter foi escolhida. Have You in My Wilderness é um bom álbum, mas para mim não se destacou tanto entre outras centenas de cantoras alternativas. Não sei, também não ouvi o suficiente para me apegar. Poucas músicas chamaram a minha atenção, mas a maioria é gostosa de ouvir — embora as músicas mais compridas, de seis minutos, eu tenha achado cansativas. Avaliação: 3,5/5

5- Lon Gisland (Beirut, 2007)
Eu enjoei um pouco de "Elephant gun" porque desde que conheci a música eu a ouvi mais vezes do que deveria. No entanto, ouvindo o Lon Gisland não tem como não se sentir bem. Saudades, Beirut! Eu ouvi os álbuns mais recentes da banda e não parei de gostar deles, mas esse EP não me deixa esquecer da minha fase favorita. São cinco músicas no total, então é uma boa forma de descobrir se gosta da banda. Avaliação: 4/5

6- London Calling (The Clash, 1979)
Fui atrás do The Clash provavelmente em uma época que estava a fim de conhecer os clássicos do rock. Já tinha ouvido várias musicas da banda, seja na MTV, parte muito importante da minha adolescência, ou por covers de outras bandas. Ouvi pouco o London Calling, principalmente porque ele tem muitas músicas e acaba ficando cansativo. Individualmente, gosto de quase todas as músicas, mas não de escutar tudo de uma vez só. Acho interessante a influência de outros ritmos, tipo ska e reggae, no som deles, por isso é a banda punk clássica pela qual eu mais simpatizo. Avaliação: 3/5

7- Lonely Avenue (Ben Folds e Nick Hornby, 2010) 
Eu provavelmente  conheci o Ben Folds lendo o Nick Hornby, então essa união entre cantor e escritor não me surpreendeu muito. Não sei bem explicar o gênero do álbum, é um pop rock que seria genérico se eu não conhecesse bem a voz do Ben Folds. Tem várias músicas que eu adoro nesse CD, como dá para ver pelos destaques, mas também tem algumas bem descartáveis. Avaliação: 3,5/5

8- Louva-a-Deus (Forgotten Boys, 2008)
Destaque: "Highest stakes"
Eu tive uma fase fã de rock independente brasileiro, e Forgotten Boys era uma das bandas de que eu gostava na época, cheguei a ir a alguns shows e tal (ah, a adolescência...). Hoje esse álbum não me diz quase nada, e tenho a impressão de que mesmo na época não gostava tanto dele — o Stand by the D.A.N.C.E. é muito melhor —, mas era o lançamento deles, então eu tinha que ouvir. As músicas, rocks cantados em inglês ou em português, são parecidas entre sim e embora não sejam insuportáveis, também não vão fazer falta na minha vida. Avaliação: 2/5

9- Made in the A.M. (One Direction, 2015)
De repente você está lá, ouvindo um CD inteiro do One Direction. Várias pessoas estavam elogiando o álbum, inclusive gente que não ligava para a banda antes, então eu, enxerida como sou, fui atrás, né, fazer o quê? Eu nunca desgostei propriamente da banda, só achava chato quando os hits ficavam presos na cabeça. Há uma grande diferença entre ouvir um hit pop e um álbum inteiro disso, porque o hit vai ficar na sua cabeça sozinho, mas depois de ouvir vários hits potenciais da mesma banda em seguida o que se segue é meu cérebro tentando processar com que refrão eu devo ficar obcecada. Enfim, o fato é que o álbum funciona: as músicas animadas são ótimas, eu consigo imaginar os calouros cantando as baladinhas no The Voice... Tudo é bem produzido e pronto para grudar na cabeça, o que é bom quando se gosta da música, e eu gostei da maioria delas. Mas também é ruim, porque elas são criadas para serem fáceis de decorar, e por isso são repetitivas. Quando estou fazendo outra coisa, tipo lavando a louça, não é um problema, mas ouvir prestando a atenção deixa algumas músicas cansativas. O álbum poderia ter sido mais curto, mas é claro que eles fazem uma versão deluxe para vender mais caro. Em resumo: gostei e a magia pop deles funcionou bem comigo. Avaliação: 3,5/5

10- Made of bricks (Kate Nash, 2007)
Conheci a Kate Nash na época em que se falava da nova geração de cantoras britânicas, sempre colocando-a do lado da Lily Allen. Portanto, ouço o Made of bricks há bastante tempo. Mas nunca fui muito fã dele por completo. Já tive fases de ouvir muito "Foundations" e "Mouthwash", mas o álbum inteiro não me conquistou. Tem algumas músicas estranhas como "Dickhead" e "Shit song" e nem tudo é o pop fofo que eu esperava ouvir, mas ainda assim, ou talvez justamente por isso, vale a pena conhecer. Avaliação: 3,5/5

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