quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Um homem de sorte, Nicholas Sparks

Um Homem de Sorte

Logan parou e olhou para o céu a ver a pipa voando acima deles, e, quando aplaudiu Ben demonstrando uma alegria óbvia, Beth percebeu uma verdade bem simples: às vezes as coisas mais ordinárias podem transformar-se em extraordinárias, simplesmente se realizadas pelas pessoas certas.

O que dizer do Nicholas Sparks? Fora minha tia, que me emprestou esse livro, não conheço ninguém que goste mesmo do autor. Na internet, vejo todo mundo zoando de seus livros previsíveis ou reclamando do seu sucesso. Posso fingir que detesto o autor e engrossar o coro, mas a verdade é que eu até gostei dos livros dele que li até agora.

Um homem de sorte conta a história de Logan Thibault, ex-fuzileiro naval que lutou na guerra do Iraque. Lá, ele encontra a foto de uma mulher e a guarda consigo. A fotografia continua com ele por anos, e o melhor amigo de Thibault considera que ela seja um amuleto, pois ela sempre os protegeu. Sem saber o que fazer após voltar aos Estados Unidos, Thibault parte em busca da mulher da fotografia. E o que acontece depois, óbvio, é completamente previsível.

Em defesa do Nicholas Sparks em Um homem de sorte, o livro não é tão meloso quanto as pessoas podem achar que seja. Na verdade, acho até que muito romance adolescente é mais meloso que esse livro. Quer dizer, o texto não é explicitamente meloso na maior parte do tempo, mas as entrelinhas são muito bregas. Ou seja, é só ignorar a mensagem do livro e seguir em frente com a leitura que está tudo certo.

Surpreendentemente, Sparks usa até um pouco de humor nesse livro. Temos o antagonista da história, Clayton, e as partes narradas pelo seu ponto de vista são engraçadas de tão sem noção.

Além do antagonista sem noção, temos em Um homem de sorte o mocinho sem sal, a mocinha sem sal, o filho fofo da mocinha sem sal e a avó carismática da mocinha sem sal. Se parar para pensar, são personagens irreais e tal, mas toda a questão de ler Nicholas Sparks é: para que parar para pensar? A leitura me envolveu e eu preferi seguir lendo sem racionalizar muito — ok, parando uma hora ou outra para zoar das opiniões que Sparks, como homem religioso e patriota, coloca na história.

Imagino que ler vários livros do autor em seguida seja uma experiência ruim, e entendo por que tanta gente não gosta dele, mas os livros do Nicholas Sparks continuam servindo quando quero ler algo que prenda a atenção. É só não levar tão a sério que consigo para aproveitar a leitura.

Avaliação final: 2,5/5

É com esse livro que me despeço do Desafio Literário do Tigre. Consegui seguir todos os temas e aproveitei bem as leituras. Agradeço a Tati, que criou o desafio com temas ótimos e deixou tudo super organizado.

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