terça-feira, 19 de agosto de 2014

Delirium, Lauren Oliver

Delirium

Ninety-five days, and then I’ll be safe. I’m nervous, of course. I wonder whether the procedure will hurt. I want to get it over with. It’s hard to be patient. It’s hard not to be afraid while I’m still uncured, though so far the deliria hasn’t touched me yet.
Still, I worry. They say that in the old days, love drove people to madness. That’s bad enough.
The Book of Shhh also tells stories of those who died because of love lost or never found, which is what terrifies me the most.
The deadliest of all deadly things: It kills you both when you have it and when you don’t.

Delirium foi o livro do mês do clube do livro do qual eu participo. Estava curiosa para ler porque gostei bastante do outro livro da Lauren Oliver que eu li, Before I fall, e, apesar de algumas experiências ruins com o gênero, o enredo de distopias YA sempre me atrai.

O livro conta a história de Lena, que vive em um mundo onde o amor é uma doença. As pessoas nascem com chance de pegá-la, mas aos dezoito anos são curadas com uma cirurgia. Além disso, elas têm todo o seu futuro definido com base em uma prova: se vão poder fazer faculdade, no que vão trabalhar e com quem vão casar. Lena estava ansiosa para a sua cirurgia, até que ela conhece um garoto que vai mudar toda a sua visão de mundo.

Sim, é um enredo bem típico de distopias. Feios, por exemplo, também traz uma cirurgia para entrar no padrão da sociedade, e Awaken tem o mesmo enredo do garoto que acorda a protagonista da sua alienação (só um comentário para aliviar a minha consciência: todas as resenhas citadas nesse post são antigas, e eu mudei a minha maneira de pensar quanto ao termo YA. Mas as opiniões sobre os livros continuam as mesmas).

A questão é que Delirium poderia se destacar mesmo assim, com personagens interessantes, uma narrativa diferenciada ou algo do tipo. Mas, infelizmente, não foi o que aconteceu. O livro é clichê em quase todos os aspectos: o enredo é previsível, porque as revelações que deveriam criar tensão são um pouco óbvias; os personagens são típicos de livros YA a garota normal e insegura que tem uma amiga mais rebelde, o garoto que não tem personalidade além de amar a garota e ser lindo —; as descrições dos personagens são repetitivas sempre focando nos olhos e nos cabelos e as de sentimentos e sensações também cada toque é um choque, uma faísca… Bom, pelo menos as descrições de cenário são boas, embora um pouco longas demais para o meu gosto.

Mesmo assim, continuo gostando da crítica que a autora faz, porque não é tão direta. Muitos autores fazem distopias sobre assuntos óbvios e não deixam nada para a reflexão dos leitores, mas a Lauren Oliver me fez pensar bastante é verdade que pensei pouco sobre amor romântico, mas a reflexão de cada um é pessoal. A forma que a autora cria o mundo também é interessante: cada capítulo começa com um trecho de alguma coisa do mundo em que os personagens vivem, como livros históricos ou científicos e canções infantis tradicionais, de forma que vamos conhecendo aos poucos mais sobre a sociedade criada. Ainda falta bastante coisa para ser explicada, mas como o livro faz parte uma série, acho que faz parte.

Enfim, eu não gostei muito do livro e nem pretendo continuar a série, mas é mais por ele não trazer muitas novidades ao gênero do que por ele ser ruim propriamente. Talvez, se fosse minha primeira distopia, eu aumentaria um ponto na minha avaliação.

Avaliação final: 2,5/5

Um comentário:

  1. Apesar de amar distopias, esse tá na minha lista de talvez, quem sabe, um dia.... hehehehe
    Boa análise!

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