terça-feira, 26 de maio de 2020

Starfish, Akemi Dawn Bowman


Conheci esse livro porque ele estava disponível para ler no site da editora durante maio. Ele conta a história de Kiko, uma jovem mestiça de pai de ascendência japonesa e mãe branca. O sonho dela é estudar na Prism, uma escola de artes em Nova York, onde ela acredita que poderá recomeçar e esquecer de seu passado traumático. No entanto, ela recebe uma carta de rejeição da escola, e terá que superar seus medos de outra forma.

Starfish não é uma leitura leve — Kiko tem familiares abusivos e tóxicos e sofre de ansiedade social —, mas mesmo assim o ritmo de leitura é rápido, típico de YAs, e fiquei bem imersa na história. E assim como em outros YAs, o que mais me incomodou no livro são questões de enredo e personagens. Gostei de ver o amadurecimento da Kiko durante a história, e como pessoa tímida acho fácil de me identificar com ela e suas inseguranças, mas sua evolução acabou mais ligada a fatores externos (um amigo/interesse romântico e um mentor) do que a ela mesma. É como se nada teria mudado se ela não tivesse a sorte de encontrar essas pessoas pelo caminho, e essa não é uma boa mensagem para se passar, ainda que ela só seja implícita.

Além disso, por mais que eu goste do Jamie, ele é um tanto sem graça como personagem. O único defeito dele é não entender a timidez da Kiko e a tratar com impaciência por causa disso, o que é errado, mas também compreensível. E o romance deles é tão óbvio.

No geral, gostei do retrato da família da Kiko, mas queria saber mais sobre os outros familiares além da mãe. Há motivos para eles serem distantes, mas do jeito que a mãe dela é descrita é um pouco surpreendente que o resto da família nunca a tenha confrontado. Eu gostei mais do lado do drama familiar do que o lado romântico do livro, acho que isso resume bem o que achei do livro.

Avaliação: 3,5/5

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