quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Retrospectiva: agosto

• Agosto foi a volta às aulas. Estou conseguindo me manter bem trabalhando e estudando ao mesmo tempo, até porque meu estágio é só de quatro horas e na universidade, perto de casa, mas meu desânimo com a faculdade em si não acabou. É curioso, porque quando converso com quem é de fora, tento defender a Letras, porque na teoria gosto muito do curso, mas quando falo com as pessoas de lá, eu sou desânimo total. Não é nem problema de decepção, de professores ruins ou de aulas chatas — claro que isso tem de monte também. É só que enjoei da rotina, cansei de ler os textos teóricos, mesmo de assuntos do meu interesse. Só tem uma aula nesse semestre que me deixa animada. Mas, naquele pessimismo-otimismo, estou melhor que muita gente, por que deve ter quem não se anima com nenhuma, né?

Jiang

• Agosto foi mês de BEDA e um monte de gente decidiu participar. O resultado foi ótimo para os leitores de blog viciados como eu. Descobri alguns blogs legais no caminho, embora continue com a resistência a alguns blogs pessoais e profissionais (ou wannabe profissionais) ao mesmo tempo, e me apeguei mais a outros que já lia há algum tempo. Eu poderia ter indicado um post de cada blog para colocar aqui, mas acabei não fazendo isso, e de qualquer jeito ia parecer meio stalker citando blogs que nunca nem comentei. Então selecionei só dois, como representação, por motivos pessoais mesmo: esse post da Anna Vitória sobre o primeiro dia de trabalho dela que de certa forma definiu o meu e esse da Ana Luísa, uma resenha de Toda luz que não podemos ver que acaba falando de cegueira e de avaliação de livros (também sou rainha das 3 estrelas). 

• Com todos os posts legais e vendo os blogs unidos, entrei naquela crise bloguística que é comum eu ter. Tipo “eu escrevo para quem?”, “qual deve ser o foco do meu blog?” e coisas assim. Porque tem dias que eu quero ser mais séria, com resenhas mais críticas, e tem outros momentos em que só quero escrever qualquer besteira que vier na minha cabeça. O resultado é que o blog não segue bem um padrão, ficando difícil para atrair potenciais leitores — o fato de eu me divulgar pouco não ajuda também. Mas eu gosto do Please, Sir, I want some more assim, com esse nominho tosco dele, imagens amadoras e sem precisar ficar me podando para agradar as pessoas. Ao mesmo tempo, tão bom receber comentários e me sentir lida, né? E, adivinha só, arranjei uma solução. A Revista Pólen estava procurando colaboradores, eu me inscrevi e fui aceita! Escrever para outra coisa além do blog vai ser bom para treinar a minha escrita e estimular a minha criatividade, e fico até orgulhosa em participar de um projeto com pessoas tão legais, muitas que eu já acompanhava faz tempo pela internet.

• A internet e a USP são um ovo (de onde veio essa expressão?), parte I: eu disse que entrei para a Pólen, né. Aí que tem mais três pessoas que fazem Letras na USP na revista, é claro, porque tem tanta gente na Letras que acaba sempre tendo um conhecido — e tem tanta gente na Letras que quando alguém invariavelmente pergunta se você conhece fulaninho, que também faz o seu curso, a resposta mais provável é não. São cerca de oitocentas pessoas por ano, sabe. Aí, um dia, estava chegando atrasada na aula de Estudos de cultura, a tal aula que eu gosto, quando sentei bem ao lado da Milena, uma das editoras da Pólen. E felizmente ela me reconheceu, porque se não eu teria passado muito tempo nervosa reunindo coragem para dizer alguma coisa. Ah, a timidez…

• A internet e a USP são um ovo, parte II: um dia depois disso, estava eu “trabalhando” lendo o site da unidade onde eu trabalho para passar o tempo sem deixar na cara que estava sem fazer nada. Eu olhava uma lista de cursos e nela tinha o nome dos estagiários de uma área. Aí eu vi o nome de um amigo meu do Neopets. Eu até desconfiava, porque: 1- uma vez falaram o sobrenome dele no trabalho 2- eu sabia que ele fazia Relações Internacionais na USP 3- os estagiários daquela área são de RI. Mas daí para ter certeza era outra história. E eu tive certeza vendo o nome completo. Eu não falo com o tal garoto há uns cinco anos, no mínimo, e nem era tãão íntima dele, então nem vou falar nada a respeito, mas é curioso: com uns treze anos,  a gente estava com uma distância de centenas de quilômetros e conversava bastante; hoje, com vinte anos, só um andar nos separa, mas não sinto que o conheço mais. Até onde eu sei, a gente ainda não se cruzou no prédio. Ainda. Se eu o ver, não vou dizer nada, mas na minha cabeça estarei tipo “oi, você é o *insira o nome de usuário aqui*, lembra de mim, a zuleika__armstrong/Marília Barros?”. Ah, o Neopets… Que grandes momentos da minha vida vivi nesse site.

• Em agosto vi várias pessoas falando em blogilates, um método para fazer pilates em casa. No começo achei engraçado, não sou muito fã dessa onda fitness, mas aí fiquei curiosa e decidi experimentar. Só consegui fazer um vídeo porque em casa é difícil ter espaço, tempo e um computador disponível ao mesmo tempo. E percebi que continuo péssima no meu condicionamento físico. Na escola, eu fazia aula de circo, que tinha vários exercícios de pilates, alongamento e coisas assim. E eu era péssima, mesmo me esforçando. Sou a pessoa que treinou dar estrela dos cinco aos dezoito anos e nunca aprendeu. Mas, em um espírito de superação que é só da boca para fora, decidi ser um pouco mais saudável. Comecei a subir e descer de escada os três andares do prédio do trabalho em vez de ir de elevador, decidi que vou voltar do trabalho a pé um dia de semana, esse tipo de coisa. E vou voltar a treinar malabarismo, para conseguir jogar com três bolinhas e ter a sensação de dever cumprido e de que com esforço a gente alcança, etc. (mas gente a meritocracia é uma falácia, treinei muito mais malabarismo que alguns colegas e era/sou muito pior que eles, socorro). E é claro que nem fiz/comprei as bolinhas de malabarismo ainda. Em resumo, meu condicionamento físico (e minhas habilidades, e tudo o que envolve exercício…):

Jacquin

• Eu estava organizando meus materiais escolares antigos quando encontrei alguns cadernos de desenho velhos. Joguei um monte de coisa fora, porque há limites para guardar os bonecos de palito ou vários desenhos iguais, mas mantive muita coisa, ri muito de algumas ideias que tive e fiquei tão nostálgica… Hoje eu quase não desenho, porque sinto que perdi minha criatividade, mas a verdade é que fiquei autocrítica demais, porque não é como se antes eu fosse uma grande artista, eu só não tinha vergonha de desenhar bichinhos fofinhos e coisas simples. Vou tentar abraçar meu estilo de arte bonitinho e ordinário, porque o que importa é se eu gosto, não se é bom. E sei que no futuro vou voltar a esses desenhos e rir muito do que eu fazia, o que é sempre bom — é para isso que escrevo um blog, para ter um misto de vergonha alheia de mim mesma(?) e nostalgia no futuro. No momento é só vergonha, mas quando a distância temporal aumentar. quem sabe…

Em agosto:

Eu vi… o primeiro episódio de Criminal minds de um DVD com os pilotos de algumas séries de brinde que estava há muito tempo — na época em que se davam DVDs de brinde — em casa. Gosto bastante da série, mas é muito raro eu ver séries procedurais(?) em ordem, eu acabo vendo os episódios aleatoriamente na televisão mesmo. Eu simplesmente não sirvo para ver série. E vendo o tal episódio eu fiquei com vontade mesmo é de assistir a terceira temporada de Hannibal, já que é a última, e fingir que eu presto para isso. Aí Hannibal seria a terceira série que eu assistiria do início ao fim (só Lost e The O.C. tiveram essa honra).

Eu (não) li… nenhum livro da minha estante. O ser humano tem mesmo belas capacidades de ser trouxa. Eu e a biblioteca, a biblioteca e eu — e a pilha de centenas de livros meus se acumulando…

Eu ouvi… CDs inteiros no meu iPod, e é ótimo perceber que embora no computador eu nunca sei o que escutar dentre as milhares de opções, eu gosto mesmo da maioria das músicas que tenho, é só estar no clima certo para ouvi-las.

Eu escrevi… a minha estreia na Revista Pólen, De caixas de lápis e vivências escolares, falando um pouco sobre detalhes e coincidências que ajudam a definir a minha identidade pela literatura.

Eu comi… comida chinesa no Chi Fu, para comemorar o aniversário da minha mãe. Eu gosto muito de comida chinesa, mas estou frustrada porque meu restaurante favorito fechou e nenhum outro tem um yakisoba parecido #classemédiasofre. Mas é bom variar os temperos (o triste é saber que não dá para voltar para o seu preferido) e o Chi Fu vale a pena. E estou esperando a Jiang, do MasterChef, abrir um restaurante, porque eu com certeza iria.

Eu fui… à Liberdade, comer no Chi Fu (dã), e aproveitei para comprar doces asiáticos. Queria ter comprado mais coisa, mas a Liberdade no fim de semana é muito cheia e odeio multidões. Só fui em uma lojinha menor e comprei dois pacotes de balas. O da esquerda é uma bala dupla de cubinhos azedos de fruta, com gosto de infância, embora eu não me lembre claramente de ter experimentado antes. O da direita é coreano, de uma bala de framboesa bem gostosa. Os dois foram aprovados, mas não viraram favoritos e não pretendo comprar de novo em um futuro breve.

037 (às vezes penso em virar blogueira de guloseimas, mas aí vejo a qualidade das fotos que tiro e desisto)

Eu comprei… três livros. Teve BookFriday na Amazon, né. E tinha vários livros por menos de dez reais, né. E os da editora Record que eu queria ler não tinham na biblioteca, né. Aí comprei mesmo sem saber muito sobre eles, vou fazer o quê? Já estavam no meu Skoob faz tempo, naquele estilo achei-a-capa-legal-então-marquei-para-ler. Se não gostar eu troco. Os livros são Colmeia, O condado de Citrus e O peculiar.

Eu fiz… cookies, com a minha receita amada de misturar os ingredientes e colocar no forno. Usar batedeira ou liquidificador é muito avançado para mim e morro de preguiça. O resultado é que acabo fazendo coisas não tão boas e mais fáceis, mas desses cookies eu gosto bastante.

E finalmente acabou! Eu não sei se alguém além de mim gosta de ler essa prolixidade toda, mas eu me divirto escrevendo, então é isso.

Um comentário:

  1. Também tenho essa crise bloguística. Quero melhorar meu blog, mas, ai, que preguiça...

    Você vive encontrando gente do Neo por aí, né? Eu só encontrei uma pessoa por enquanto, o que é bom, porque eu ficaria na maior tentação de falar com a pessoa, mas também ficaria morrendo de vergonha e nervosismo ;P

    Vi a foto das balas e fiquei com vontade :(

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