terça-feira, 20 de abril de 2021

Retrospectiva de filmes e tv de 2020

Faz um tempo que não sou uma pessoa que costuma ir ao cinema, então a pandemia não mudou minha forma de de ver filmes. Senti falta de olhar a programação de mostras no CCSP ou no Cinusp, marcar o que queria ver e depois ficar com preguiça de sair de casa, mas troquei esse hábito pelo de olhar a programação de mostras online e ficar com preguiça de ver os filmes na internet mesmo.

Estatísticas
Mantive a minha planilha, mas só a atualizei no final do ano. O resultado: quase igual ao de 2019. Quase metade dos filmes vistos é dos Estados Unidos, setenta e cinco por cento dos filmes dirigidos por homens e mais ou menos a mesma porcentagem para diretores brancos. Acho que vou parar com a planilha, porque é um trabalho que não traz muita recompensa. Não tenho metas específicas para esses dados, então eles só me deixam meio triste mas sem me dar forças para mudar meus hábitos.

Meses temáticos
Aproveitei minhas maratonas de livros para fazer o mesmo com filmes e foi divertido pensar nas minhas escolhas. Serviu bem para ter esse olhar consciente do que ia assistir, e tirou alguns filmes que estavam na minha lista há tempos.

Metas mensais
Continuei firme na meta mensal de ver um filme da lista do 1001 e uma animação e introduzi com sucesso o objetivo de ver um filme dirigido por mulher por mês. Fracassei no objetivo de ver um filme por mês da lista do Top 250 do Letterboxd, que é uma meta ridícula, criada porque acompanhar a rinha de cinéfilos nos comentários da lista é um guilty pleasure meu. Não pretendo completar a lista, mas queria chegar pelo menos nos 100 vistos de 250, então vou manter a meta mesmo que seja um objetivo um tanto besta (no momento, estou com 76/250).

Journal
Provavelmente meu maior feito de 2020 foi ter começado um journal de filmes e séries, um ótimo meio de usar meu material de papelaria e exercer um pouco de criatividade. Isso criou uma rotina nova, de ouvir podcasts sobre os filmes antes de formular minha opinião e de ouvir a trilha sonora do filme durante o processo de escrita para torná-lo mais divertido e imersivo. Como sempre, estou atrasada no journal, escrevendo sobre coisas que vi em maio de 2020 em abril de 2021, mas colocar coisas no papel tem me feito bem: fazia tempo que não tinha um hábito mais criativo/artístico, e é legal ver um resultado concreto (e bonitinho às vezes) saindo disso.

Por fim, os grandes favoritos vistos em 2020:
Parasita (Bong Joon-Ho, 2019)
Dor e glória (Pedro Almodóvar, 2019)
Desculpe te incomodar (Boots Riley, 2018)
E então nós dançamos (Levan Akin, 2019)
Retrato de uma jovem em chamas (Céline Sciamma, 2019)

No mundinho das séries, não tenho muito a falar de hábitos e mudanças, a não ser que em 2020 decidi ver Malhação: viva a diferença do início ao fim, em preparação para a estreia de As five, e não esperava o nível de obsessão que criei por esse universo. MVAD era a novela que eu gostava de ver quando estava na casa do meu avô, na época da exibição original, mas como eu tinha preconceito com novelas, ficava meio com preguiça de ir atrás para assistir tudo certinho. Um baita erro, porque acabei devorando a novela em poucos meses e gostei tanto a ponto de entrar no fandom. Viver a experiência comunal de aguardar a estreia de As five foi muito bom para fazer o tempo passar em 2020, e se a série trouxe um cadinho de decepção com ela, isso só foi possível porque as expectativas estavam lá no alto. Fico no aguardo do início da gravação da segunda temporada para entrar nessa loucura de novo.

Outras favoritas:
Euphoria
The good place
BoJack Horseman
(ainda estou na terceira temporada, saboreando os episódios aos pouquinhos)
Eu nunca...
Top Chef (as primeiras temporadas estão na Netflix! É meu reality culinário favorito, de longe)

No mundinho do Youtube, conheci o canal dos Try Guys, quatro rapazes que... tentam fazer coisas. O tom do canal é de comédia, às vezes até demais, já que cada um deles tem sua personalidade e às vezes eles exageram esses traços pelo humor, mas os vídeos têm temas variados e dá para gastar um bom tempo lá.
Voltei a me interessar pelo booktube depois de ver um vídeo da Noelle Gallagher na minha página de recomendados. Acho bem difícil definir o que eu gosto em um booktuber, porque é uma mistura de gosto literário em comum com o modo de falar sobre livros e personalidade. Minhas booktubers favoritas provavelmente são a própria Noelle e a Cindy (não só pelo humor, mas os wrap ups dela são meus favoritos: ela consegue explicar bem o que gostou e o que não gostou em cada livro. E ela é crítica pra caramba, mas de um jeito genuíno).

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