quinta-feira, 13 de julho de 2017

Podium finish, Beth Pond

 
When it's time to put my skates on, I try to do it left foot first like Alex dared me to, but it feels wrong, like my foot has been jammed into a skate that's a size too small. My fingers fumble with the laces as I pull them taut. This isn't right. It's not superstition though. I just can't break a fourteen-year-old habit. I take the skate off and start over, putting my right skate on first this time. My foot slides in easily, and there's a satisfying swoosh as I pull the laces tight. Much better.
Harper Kavanaugh, ou Kav, é uma das jogadoras mais novas do time americano de hóquei no gelo. Sua colega de quarto no centro de treinamento olímpico de Colorado é Alex, uma patinadora artística que, após uma péssima posição em sua primeira competição nacional na categoria sênior, decide mudar para a modalidade de dança no gelo, na qual ela faz par com Ace.

Kav e Alex têm o mesmo objetivo: uma medalha de ouro nas Olimpíadas de Reykjavik. Para correr atrás disso, no entanto, elas terão de enfrentar alguns obstáculos: Kav, como novata do time, precisa mostrar que ela é a melhor na sua posição, mas um problema no joelho pode colocar tudo a perder, e Alex sofre com as exigências do pai, que quer que ela busque patrocinadores, e a recusa de Ace em se abrir e participar da publicidade.

Eu conheci Podium finish através da busca da Amazon. Queria ler algo sobre patinação e tinha um cupom de dez reais para gastar, o que transformou a minha compra em um total de zero reais. Como eu nunca tinha ouvido falar do livro e da autora, minhas expectativas eram baixas. Por isso, acabei me surpreendendo com o livro. É claro, eu gostaria mais se o foco fosse só na patinação, mas a parte do hóquei não foi tão entediante. Tudo bem, as cenas de ação dos jogos são difíceis de entender e visualizar mentalmente — só que, até aí, os programas de patinação também são, e ainda com o agravante de não terem a música. O bom, ou ruim, dependendo do ângulo, é que provavelmente devido a essa dificuldade descritiva a autora não passa tanto tempo nessas cenas. Por um lado, como já disse, isso evita descrições longas e técnicas. Por outro, o clímax do livro fica um tanto... anticlimático. A construção da tensão é bem-feita durante o livro, mas quando ele termina você fica meio "é isso?". Não consigo imaginar um final melhor, mas há algo de sem graça nele.

Gostei da opção da autora de explorar duas vozes diferentes. Não achei em questão de narrativa as vozes de Kav e de Alex muito distintas, mas os dilemas e questões delas são. O arco da Kav envolve uma lesão, o que é interessante porque é algo tão comum no meio esportivo mas que às vezes a gente esquece. É dela também a parte do romance — bonitinha e ordinária, um tanto inofensiva. O relacionamento entre Alex e Ace, em comparação, parece um tanto mais real e com mais camadas. O companheirismo e a união deles é exatamente o que a gente imagina de parceiros de dança, e as discussões entre eles são verossímeis também. Eu preferiria que essa relação fosse mais aprofundada, mais mostrada em vez de contada, mas é o preço a se pagar ao apresentar duas vozes em vez de uma só com pouco espaço para desenvolvê-las.

No geral, não recomendaria Podium finish para todo mundo. Pessoas que não acompanham os esportes provavelmente não vão ver graça no cotidiano retratado, que é o maior trunfo do livro na minha opinião. Quem tiver curiosidade sobre o assunto, no entanto, tem o potencial de se divertir com os bastidores esportivos que raramente são mostrados na TV.

Avaliação final: 3/5

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