terça-feira, 4 de novembro de 2014

We were Liars, E. Lockhart

We were liars

Welcome to the beautiful Sinclair family.

No one is a criminal.

No one is an addict.

No one is a failure.

(…)

It doesn’t matter if divorce shreds the muscles of our hearts so that they will hardly beat without a struggle. It doesn’t matter if trust-fund money is running out; if credit card bills go unpaid on the kitchen counter. It doesn’t matter if there’se a cluster of pill bottles on the bedside table.

We were Liars foi o livro do mês passado no clube do livro do qual eu faço parte. Eu já estava curiosa para ler, de tanto que o livro foi falado nos blogs literários mundo afora. Só que é complicado: quase todo mundo adorou o livro, mas disse que não era para saber nada da história ou não ter expectativas. Mas como não ter expectativas com todo mundo falando tão bem? Não dá para controlar esse tipo de coisa. Então, bom, eu acabei me decepcionando um pouco.

Enfim, vamos ao que se pode falar da história (mas se você realmente não quiser saber nada da história, pule esse parágrafo ou não leia a resenha): a família Sinclair é rica e tem uma ilha particular. Cadence Sinclair, a protagonista, passa todas as férias nesse ilha com seus primos, até que acontece um acidente do qual ela não se lembra e ela passa a sofrer muito. Depois de um tempo em casa, ela volta para a ilha para descobrir exatamente o que aconteceu no seu acidente.

Gostei bastante do fato do livro mostrar uma família rica, e acho que ele retratou bem os Sinclair. Os conflitos familiares decorrentes do dinheiro são bem interessantes, e o livro não ignora a crítica social, problematizando a vida dos privilegiados.

A história flui bem, mas eu não gostei da narração, que abusa de frases repetitivas e separa alguns períodos em várias linhas só para supostamente ficar poético. E detestei as metáforas de como a Cadence estava se sentindo, achei exageradas e elas não funcionaram para mim, visto que não consegui me conectar com a personagem.

Esse é outro problema do livro, achei a maioria dos personagens insossos. Talvez se eles tivessem sido mais desenvolvidos nos momentos antes do acidente, eu teria aproveitado melhor. E como eu não ligo para os personagens, não gostei do final. Achei-o surpreendente, sim, mas não chocante. Ou quem sabe chocante do ponto de vista negativo. Bem negativo. Enfim, não dá para explicar direito sem falar de spoilers. Tem algumas coisas interessantes no final também, as discussões para o qual ele se abre, mas não gostei do principal.

Se eu recomendo o livro? Acho que sim. Muitos dos problemas que eu tive com ele são questões de gosto pessoal, e no final foi sim uma leitura envolvente e que conseguiu me impactar em alguns momentos — de maneira positiva ou negativa. A questão é que quando o livro é muito bem falado, eu acabo focando mais no que eu não gostei nele e isso prejudica a visão que eu tive dele durante a leitura. Faz sentido? É algo bem idiota e que eu adoraria não ter, mas algumas coisas não dá para evitar, né.

Avaliação final: 3/5

2 comentários:

  1. Normal ver o negativo
    em coisas que o povo
    elogia demais.
    Também faço isso
    (mas sou menos crítica que você :P).

    *escrevendo estilo E. Lockhart*

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  2. Hahahahahaha
    Rachei do comentário da Lígia!
    Não li o livro ainda, mas já comprei. Tou tentando não ter expectativas, assim como vc tentou.
    Evitei ler resenhas tbm (só o começo e fim da sua, hehehe). Vamos ver o que vou achar dessa bagaça aí. Tou sentindo que vou me decepcionar.

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