Chorava pela solidão, pela tristeza, pelo pavor. Os três estavam juntos em um mesmo cômodo: minha mãe já morta, o senhor e tia Midori. Vocês dois sentados em silêncio, imersos em seus próprios pensamentos. O mundo dos adultos me pareceu uma insuportável solidão, tristeza e pavor.
(O fuzil de caça, p. 44)
Li O fuzil de caça por acaso. Minha irmã o pegou na biblioteca e, como ele é muito curto — cem páginas, decidi lê-lo também. O livro mostra cartas endereçadas a um caçador, Joseku Misugi, sobre um relacionamento extraconjugal que ele teve.
Eu li o livro sem saber quase nada da história — leio as orelhas e a contracapa antes mas logo que começo a ler o livro de fato me esqueço dos detalhes —, e me surpreendi bastante com algumas coisas. Devo dizer até que estava achando a história bem mais interessante do jeito que eu estava interpretando pela primeira carta… Mas o fato do livro se separar em várias cartas é o que o torna interessante, porque a gente vai sabendo as coisas aos poucos
Não tenho muito mais o que falar do livro. É uma leitura rápida e não foi marcante para mim. Tem algumas descrições que me parecem tipicamente japonesas, é uma narrativa um pouco parada. Em geral não gosto muito disso, mas em um livro curto não achei cansativo. Vale a pena para quem quer conhecer mais literatura japonesa.
Avaliação final: 3/5
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