sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A História de Despereaux, Kate DiCamillo

A História de Despereaux

- Porque você, camundongo, pode contar uma história para Gregório. Histórias são luz. A luz é preciosa num mundo tão escuro. Comece do começo, conte uma história para Gregório. Faça alguma luz.
Despereaux queria muito viver, por isso ele disse:
- Era uma vez…

(A História de Despereaux, p. 76)

Era uma vez um camundongo chamado Despereaux. Ele vivia num castelo e era um camundongo diferente. Por exemplo, ele gostava de ler, em vez de comer os livros. Um belo dia, Despereaux conhece a princesa Ervilha e se apaixona por ela.

Temos também a história de Chiaroscuro, um rato que gostava da luz mas que não é bem recebido pela família real pois deveria pertencer ao escuro, no calabouço, e de Migalha Sementeira, uma pobre garota que quer ser princesa. Os dois se unem num plano maligno e eu só posso dizer que o resto envolve um pouco de sopa e um carretel de linha.

O livro, como imagino que já tenha dado para perceber, é uma espécie de conto de fadas moderno. Eu consigo me ver lendo o livro para uma criança e por isso acho meio ruim o fato da narradora sempre conversar com o leitor. Não os comentários em si, mas ela sempre dizer “leitor” me incomodou um pouco, afinal, quem ouve a história não é exatamente o leitor.

Os personagens são interessantes, especialmente Chiaroscuro, com suas dúvidas em relação a ser do escuro ou ir para a luz. A história é contada de forma simples e as ilustrações, do Timothy Basil Ering, são bonitas.

Enfim, é um livro muito fofo, um belo infanto-juvenil.

Sobre a adaptação para o cinema:

O Corajoso Ratinho DespereauxTive a oportunidade de ver o filme logo após ler o livro (obrigada, Telecine!). Infelizmente por isso, acabei comparando as duas histórias bem mais do que deveria se visse o filme bem depois de ter lido o livro.

O filme traz uma história bem similiar à do livro, com algumas mudanças boas e outras que não me agradaram tanto.

Eu gostei de terem feito toda um mundo/cidade para os ratos e para os camundongos, além de terem mostrado mais quem morava fora do castelo, pois ficou bem bonito.

O filme muda um pouco algumas personalidades. Despereaux não é tão corajoso no livro, embora isso não seja problema, enquanto a princesa é muito mais chata no filme e Migalha Sementeira me pareceu mais patética no filme também.

Também acho estranho a diferença que todos veem no filme entre camundongo e rato/ratazana. Tudo bem, eu também imagino um camundongo fofo e uma ratazana assustadora, mas nem por isso ia ficar feliz se visse um camundongo no meu quarto, afinal, ele também é sujo! E no desenho os dois não são muito diferentes, a ratazana nem é muito grande nem suja.

Outra coisa que eu não gostei muito foi a narração, achei desnecessária em alguns momentos e a mulher na versão dublada poderia estar narrando um documentário que não seria tão diferente do jeito que ela narrou.

De qualquer forma, eu gostei do filme, mas teria gostado bem mais se o tivesse visto antes de ler o livro.

3 comentários:

  1. Eu tenho um problema com livros de bichinhos.. nunca tive muita coragem pra ler. Mas gostei da sua resenha e vou tentar assistir ao filme.

    Vai que eu gosto e resolvo ler o livro, né?

    =)

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  2. A história desse ratinho parece-me bem inusitada. Gosto de histórias assim. Ótima dica!

    Bjs

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  3. Muito fofo esse livro :)
    A história me lembra, em alguns aspectos, Firmin (essa coisa de rato leitor x rato comedor de livros) :P

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