domingo, 25 de outubro de 2020

Lendo a estante: contos de fadas, velhinhos mexicanos e mais contos de fadas

A câmara sangrenta e outras histórias
, Angela Carter

Por que tenho: Minha irmã ganhou de uma amiga.
Por que li agora: Porque deu vontade e era um dos livros que sorteei no início do ano na minha TBR Jar.
O que achei: Como todo livro de contos, tem alguns mais interessantes que outros. No geral, esperava algo mais impactante, já que a fama da Angela Carter é a de escritora de contos de fadas para adultos. Mas a verdade é que os contos de fadas originais já são violentos, então a autora só escolhe explicitar e brincar com alguns dos elementos que já estavam presentes nessas histórias, como a sexualidade. Meu conto favorito foi justamente A câmara sangrenta, o mais comprido e tenso.
Avaliação: 3/5
 
Te vendo um cachorro
, Juan Pablo Villalobos

Por que tenho: Eu e minha irmã gostamos bastante da obra do autor, então acompanhamos os lançamentos dele no Brasil. Esse a Lígia comprou na finada promoção do dia das mulheres na Saraiva, com um desconto de 50%.
Por que li agora: É um livro razoavelmente curto e fácil de ler. Gosto de variar a leitura de livros de gênero com outros considerados ~literários~, e esse se encaixa na segunda categoria sem ter aquele tom denso e pretensioso de outros livros da minha estante.
O que achei: Adoro narradores velhinhos rabugentos, como é o caso do narrador desse livro. Os moradores do prédio dele também são grandes figuras. O tom do livro é mais puxado para o cômico escrachado, mas tem umas pirações metalinguísticas também (e umas piadinhas com Adorno). Enfim, é uma leitura divertida.
Avaliação: 3,5/5
 
A escola do bem e do mal, Soman Chainani
Por que tenho: Ganhei o livro em um sorteio do finado blog Psychobooks.
Por que li agora: Atualmente tenho uma preguiça de livros mais fantásticos, então demorei um tempo para tirar o livro da estante, mas o fato de ser juvenil me deu a esperança de que seria uma leitura mais divertida.
O que achei: Em primeiro lugar, é preciso dizer que já li alguns livros de Ever After High, então parte do apelo da história de A escola do bem e do mal perde a graça porque já conheço uma história bem parecida de subversão de clichês de contos de fadas. E por já conhecer essa trama, não tive paciência para aguentar as protagonistas acreditando que houve um engano e que trocaram as escolas delas. Raven Queen e Apple White são muito melhores que Agatha e Sophie, até porque Ever After High é menos pretensioso que esse livro (porque o maior intuito de EAH é vender produtos, sejam livros, bonecas ou qualquer coisa que crianças desejem). Não é que A escola do bem e do mal seja uma leitura chata, mas eu passei tanta raiva com os personagens desse livro e com alguns caminhos que a história tomou que não sobraram muitos momentos para eu me divertir. Talvez eu gostasse mais do livro se eu tivesse lido quando criança, e não com meus vinte e seis anos de rabugice.
Avaliação: 2/5

Um comentário:

  1. Livros de contos são sempre mais arrastados de levar adiante por aqui, mas me interessei por A Câmara Sangrenta e Outras Histórias!

    Limonada, blog pessoal

    Suvenir Literário, blog sobre livros

    Projeto Rata de Biblioteca

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