quarta-feira, 25 de maio de 2016

Diário de viagem: Porto de Galinhas

Estou postando no final de maio o diário da viagem que fiz em dezembro e acho que isso é um bom resumo do estado de abandono do blog. Eu gosto de ler diários de viagens alheios, mesmo aqueles bem pessoais, então decidi fazer o meu. Precisava publicar? Não, mas eu não tenho um caderninho de coisas pessoais e aqui é o melhor lugar mesmo. Sei que tem poucas fotos, mas, além de não sermos a família mais ligada à fotografia do mundo, tivemos um problema com a máquina fotográfica que levamos e só usamos o celular para fotos.

Dia 1
A ida sempre me deixa apreensiva — será que vou esquecer alguma coisa? Não vou passar mal no caminho? E se tiver um acidente? E se a gente perder o avião? Saímos de táxi com antecedência para o aeroporto e no caminho um carro bateu no táxi. Não foi uma batida forte, mas é claro que ficamos nervosos. Ainda assim, tínhamos tempo de sobra e ficamos lá esperando no aeroporto, até porque o avião atrasou uma hora e meia! O mais chato não é nem o atraso, e sim não saber quanto tempo vai demorar, o motivo, enfim, ter que ficar de olho para saber quando o avião ia partir.

No avião, gastei meu tempo assistindo Friends e jogando Who wants to be a millionaire?, mas não consegui ganhar o milhão nenhuma vez. Chegamos em Recife e fomos de van para Porto de Galinhas, já cansados da viagem. Chegamos no hotel às 22 horas e descobrimos que nosso hotel tinha música ao vivo toda noite, e naquele dia ainda tinha um cara no microfone dirigindo aquelas brincadeiras de dança, de trocar de par e tal. Ficamos um pouco assustados com o barulho, mas já estava no fim. Jantamos petiscos no bar do hotel e tomamos o primeiro suco de cajá de muitos da viagem. Vimos um gato fofinho e fomos dormir.

Dia 2
O dia estava reservado para conhecer os arredores, então não precisamos acordar tão cedo. O café da manhã do hotel era bom e eu adorei o croissant. Fomos à praia em frente ao hotel e entrei no mar depois de quase três anos sem nadar. Gostaria de dizer que foi maravilhoso, incrível e tal, mas a verdade é que o mar era bravo demais para o meu gosto, tinha alguns buracos e eu fiquei com medo. Fomos andando até a vila para almoçar —o hotel fica a uns dois quilômetros da cidadezinha e dá para ir andando pela praia. Escolhemos um restaurante pequeno e bonitinho para almoçar e acertamos em cheio. Comi carne de sol com feijão verde, queijo coalho e arroz e depois tomamos sorvete por quilo, que é uma das coisas que eu amo fazer quando viajo. Dessa vez, os escolhidos foram de fruta: cajá, tangerina, mirtilo... Não era um sorvete incrível, mas a variedade sempre compensa. Andamos na vila, bem turística, e voltamos para o hotel. Passei a tarde na piscina, jantei misto-quente no bar, que aliás tinha sanduíches com combinações do
tipo frango com a abacaxi e hambúrguer com banana. Por que misturar fruta com carne? Porque colocar essa mistura no sanduíche? À noite, o barulho do show surpreendentemente não incomodou, mas as brincadeiras noturnas das crianças em compensação... Claro que não acabaram tarde, mas na praia a gente tende a dormir cedo, né? 21 horas e a gente já está de volta no quarto, cansado.

Dia 3
Fomos conhecer as piscinas naturais, o grande atrativo de Porto de Galinhas. São muito bonitas, e têm peixinhos, mas não diria que é um passeio imperdível para quem já foi às praias nordestinas em um passado recente. Como eu só fui quando era criança, achei bem legal toda essa experiência praiana. O problema de uma cidade turística é que toda hora alguém fica abordando a gente tentando vender coisas, programas, comidas, e isso enche o saco. Eu claramente pagaria mais do que o necessário se viajasse sozinha porque não sei pechinchar. Almoçamos em um restaurante mais chiquezinho e não me lembro direito da comida, mas lembro que tinha uma família com irmãos chamados Lorenzo e Valentina e achei tão engraçado? O futuro deles é claramente o Masterchef Kids (eu não conheço muitas crianças, então achei curioso constatar que nomes da moda são realmente nomes da moda). Outro comentário relevante: vimos um baiacu morto na areia da praia! 

Dia 4
Esse foi o dia do passeio de buggy, outro passeio típico das praias nordestinas. Passamos por Maracaípe, onde fizemos passeio de jangada pelo mangue, e por Muro Alto, que é a praia que eu mais gostei: parece uma piscina! Vivemos momentos emocionantes quando vimos buggies atolados e o nosso quase atolou na areia, mas resistimos. Almoçamos no mesmo restaurante do dia 2.
 
Dia 5
Ficamos na praia e na piscina do hotel, porque minha tia ia nos visitar à tarde.Quando almoçamos na cidade fomos visitar o Projeto Hippocampus, de conservação de cavalos-marinhos. É um passeio bem rápido, visto que são basicamente uns três corredores de aquário, mas vale a pena.

Dia 6
Nesse dia fomos na praia com os parentes — a família de um primo mora perto de Cabo de Santo Agostinho e minha tia e família foram visitá-los. Ficamos na praia de Porto de Galinhas mais perto da região das piscinas naturais, e deu para ver peixinhos diferentes mesmo nos recifes do raso. Jantamos coxinha e bolo pois somos deveras saudáveis. Inclusive saudades dessa coxinha e desse bolo, queria que esse café abrisse em São Paulo.

Dia 7
O dia da volta. Também esperamos um monte no aeroporto. Mas pelo menos minha mãe fez algo de útil com a espera e comprou bala de coco, que, logicamente, estava com aquele preço inflacionado de aeroporto, mas era muito gostosa (saudades!). Voltei para casa apreensiva também: vai que teve um incêndio no prédio? E se o apartamento foi invadido? E se foi inundado? Nunca aconteceu nada disso, mas uma vez eu não fechei o freezer direito sem querer antes de viajar (acho que fui eu, mas não tenho certeza) e quando voltamos demos de cara com água na cozinha e carnes estragadas #traumas.
E foi isso a viagem! Escrevi só o que fizemos mesmo, sem muitas sensações, o que pode dar a impressão de que eu não gostei tanto. Mas o que importa mais para mim na hora de viajar é ficar de bobeira, descansar e olhar lugares novos, e Porto de Galinhas foi ótima para isso.

2 comentários:

  1. Saudades café da manhã do hotel! Saudades sorvete de cajá!
    Nem lembrava de algumas coisas que você escreveu, como do buggy atolado :P

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. MOMENTOS EMOCIONANTES (só que não muito). Tenho vontade de viajar às vezes só pra tomar café de manhã bom :P
      (e prova que a gente esconde o lado ruim da vida nas redes sociais é que eu não contei sobre as baratas do hotel, haha)

      Excluir