sábado, 25 de julho de 2015

Levels of life, Julian Barnes

Levels of life

You put together two people who have not been put together before; and sometimes the world is changed, sometimes not. They may crash and burn, or burn and crash. But sometimes, something new is made, and then the world is changed. Together, in that first exaltation, that first roaring sense of uplift, they are greater than their two separate selves. Together, they see further, and they see more clearly.

Levels of life foi uma leitura para a faculdade. Quando soube que teria que ler algo do Julian Barnes, fiquei animada, porque tinha curiosidade em conhecer a obra dele. Quando descobri que o livro em questão fala sobre balonismo e fotografia e a própria professora que sugeriu a leitura falou mal do começo, meu ânimo caiu um pouco. É curioso como um livro tão curto, de cento e vinte páginas, pode trazer tanta coisa distinta dentro dele (mas é compreensível também, porque na pós-modernidade não há mais totalidade, só fragmentação, e toda aquela coisa que a gente aprende na faculdade de Letras).

O livro é separado em três partes. Na primeira, o autor conta um pouco sobre os pioneiros do balonismo; na segunda, ele conta a história de Sarah Bernhardt e de Fred Burnaby, pessoas que existiram, mas o romance entre eles é inventado por Barnes. Na última parte, que une as outras e que dá sentido ao livro como todo (ou será que não), o autor discorre sobre a perda de sua mulher e sobre o luto.

Agora, honestamente, deixando as opiniões acadêmicas de lado: a união das partes pode fazer sentido e tal, mas a primeira parte de Levels of life é bem chata (pelo menos é curta!). A segunda eu achei razoável, mas meio chata também. E a terceira é interessante. Barnes ou o personagem Barnes (porque esse é um desses livros que a gente não sabe até que ponto o personagem é o escritor, até que ponto é real e o que é ficção) parece muito sincero escrevendo sobre seu amor, e é bonito e muito melancólico.

Enfim, acho que já deu para entender que Levels of life é um daqueles livros complexos e para intelectuais — li numa entrevista de Umberto Eco em que ele diz que Julian Barnes é um escritor que escreve para outros escritores e isso me parece verdade. Eu não sou intelectual o suficiente para apreciar trinta páginas de um cara falando sobre balonismo só para no final isso ser uma metáfora do amor(?), mas a última parte do livro vale a pena. E a discussão que tive sobre o livro nas aulas foi bem interessante, então no final fiquei satisfeita com a leitura.

Li em junho, e vou considerar como leitura para o DL Skoob, tema casais. Como a segunda e a terceira parte falam sobre casais — embora na última a mulher em questão esteja morta —, acho que conta, né?

Avaliação final: 3,5/5

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