Por que não fazer da morte a obra-prima da vida, o desfecho glorioso de um livro complicado e difícil de entender, mas que contudo nos leva ao riso e ao choro, à dor e ao gozo, à paz e ao desespero?
(Dentes guardados, p. 23)
Minha terceira leitura para o Desafio Literário de novembro foi Dentes guardados, do Daniel Galera. Escolhi o livro porque já o tinha baixado há algum tempo (e você pode lê-lo aqui: http://www.ranchocarne.org/pdf/dentes.pdf).
O livro segue o estilo de Ovelhas que voam se perdem no céu, do Daniel Pellizzari (que eu resenhei aqui). O livro é curto, os contos em geral são pequenos e “pesados” (ou seja, não recomendo a quem não gosta de palavrões e de sexo tratado de forma crua).
Os contos trazem reflexões sobre a vida e sobre o cotidiano. Alguns contos são um tanto irreais (“Os mortos de Marquês de Sade”, “Manual para atropelar cachorros”, “A escrava branca”), naquele tom de “isso pode acontecer mas é muitíssimo improvável”, do qual eu costumo gostar, e nesse caso não foi diferente. A maioria dos contos fala sobre o amor sob um ponto de vista que não é o meu e que acho até um pouco banal, mas isso também não os estraga.
Enfim, é um livro interessante, e eu, que já pretendia ler um romance do autor, fiquei agora mais curiosa.
Parece interessante. Também gosto dessa irrealidade que até poderia acontecer.
ResponderExcluirÉ...não curto palavrões e de sexo tratado de forma crua...mas, os outros aspectos mencionados me deixaram interesssada. E agora? o.O
ResponderExcluirCorreção: e sexo tratado de forma crua...
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