segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Nada, Janne Teller

Nada

O edifício era tão cinza, feio e quadrado que eu mal conseguia respirar; e, de repente, era como se a escola fosse a vida; a vida não deveria ter essa aparência, mas tinha. Senti um desejo violento de correr até o número 25 da Tæringvej, subir na ameixeira e ficar com Pierre Anthon, contemplando o céu até fazer parte do mundo além da porta sorridente e do nada e nunca mais ter de pensar sobre qualquer coisa. Mas eu deveria ser algo, ser alguém na vida, então não corri a lugar algum, olhei para o outro lado e finquei as unhas na palma da mão até sentir bastante dor.

Um dia, olhando os livros recém-adicionados no Skoob, me deparei com um título que chamou a minha atenção: Nothing. A sinopse me conquistou de primeira, falando sobre um menino do sétimo ano que descobre que a vida não tem sentido e por isso passa os seus dias sobre uma árvore. Coloquei o livro como “vou ler” e o procurei algumas vezes para baixar, mas não encontrei. Um tempo depois, vi que o livro tinha sido traduzido para o português pela Record. A partir daí, foi só esperar o livro entrar em promoção para finalmente tê-lo nas minhas mãos.

Conto essa história simplesmente para dizer que, diferente da maioria dos livros que leio, com Nada não tive contato com resenhas de outras pessoas — e, para ser sincera, nem a sinopse eu tinha lido inteira. Um menino que fica em cima de uma árvore falando que nada importa? Já era o suficiente para eu querer o livro. Por isso, eu não sabia direito o que esperar da leitura. E certamente saí surpreendida.

Para começar, eu achei que o foco da história fosse o Pierre Anthon, o garoto que sobe na árvore, mas a narradora é um garota da sala dele, chamada Agnes, e os protagonistas são todos os colegas da sala dela, que tentam fazer uma pilha de significados para mostrar para Pierre Anthon que a vida tem sentido. Essa pilha começa com coisas simples, como uma bola de futebol. Mas, aos poucos, os meninos ficam com raiva de terem que ceder objetos importantes para a pilha e pedem dos outros coisas mais e mais desafiadoras.

Nada não é um livro para se ler quando se quer fugir da realidade e ir para um lugar melhor. É uma leitura perturbadora e que, ao mesmo tempo que nos alivia ao pensar que é apenas ficção, nos deixa a pergunta se isso poderia acontecer na realidade.

O livro é dinamarquês, e por ter um conteúdo pesado e violento com personagens jovens e destinado a adolescentes, foi temporariamente banido na Escandinávia. Curiosamente, após ter sido liberado, o livro foi também para listas de leituras obrigatórias em escolas. Não concordo com a proibição, mas também não acho que o colocaria como leitura obrigatória, considerando que a leitura não é para pessoas de estômago fraco.

Nada é uma leitura que traz discussões importantes — desde sobre como grupos de jovens são influenciáveis (nesse sentido me lembrou do filme A onda) e sobre como o capitalismo nos pressiona até sobre o próprio sentido da vida. Os personagens do livro são quase repulsivos, e dá agonia ver como eles preferem tirar algo desagradável da frente deles em vez de discutir sobre o assunto, mas também dá para se perguntar até que ponto nós também não somos assim. No final, Nada traz mais perguntas que respostas. Fazia muito tempo que eu não lia algo tão provocador, e é incrível pensar que Nada cria esse efeito em menos de cento e trinta páginas.

Avaliação final: 4/5

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Os últimos filmes que eu vi #10

1- A busca (Luciano Moura, 2013)

A buscaFiquei curiosa com o enredo desse filme, queria saber porque o filho fugiu, então decidi assistir. A busca apresenta a busca do personagem de Wagner Moura pelo filho, além de, metaforicamente, a busca do pai por autoconhecimento ou outros lugares comuns do tipo. Bom, eu gostei do filme. Ele me prendeu, embora às vezes a repetição da busca tenha me cansado. Acho que o filme poderia ter cortado um pouco da parte da viagem para mostrar mais cenas da família, mas ao mesmo tempo entendo a opção de deixar algumas coisas para a reflexão do espectador. É curioso porque na mesma época tinha visto Eles voltam, outro filme brasileiro, dessa vez sobre uma menina procurando voltar para casa e encontrar os pais. Em A busca os papéis se invertem e é o pai que procura pelo filho. Avaliação: 3,5/5

2- As vantagens de ser invisível (Stephen Chbosky, 2012)

THE PERKS OF BEING A WALLFLOWEREu já tinha visto vários trechos do filme antes, mas só consegui assisti-lo inteiro agora (com agora, leia-se em outubro do ano passado. Eu, cheia de posts atrasados? Até parece). É difícil avaliar desse jeito, porque não teve o impacto de ver pela primeira vez algumas cenas, mas no geral é um bom filme. As atuações são convincentes, especialmente Ezra Miller como Patrick. As vantagens de ser invisível é um filme envolvente e que consegue trazer bem muitos dos conflitos e das emoções do livro. Em questão de adaptação, acho só que o professor de inglês ficou meio solto no filme. Não gosto do final do livro, acho que ele pode ser interpretado de uma maneira prejudicial para quem é tímido e invisível como o Charlie, mas no filme eu não o achei tão ruim, talvez por já saber o que já acontecia. Avaliação: 3,5/5

3- Detona Ralph (Rich Moore, 2012)

Detona Ralph Continuando minha saga de ver mais animações, dessa vez o escolhido foi Detona Ralph. Fiquei curiosa para vê-lo desde que o filme saiu, porque até a crítica o elogiou, mas acabei não tendo ânimo para ver no cinema. Por mais que eu goste da premissa do filme, um Toy Story versão fliperama, a verdade é que não ligo muito para videogames, então não entendi muitas das referências. Mas eu gostei daquelas que eu entendi e adorei que não se limitaram a videogames. A história do filme é clichê e previsível, mas eu não esperava outra coisa. O problema para mim é que o roteiro em um momento aponta um momento sério de crise, uma situação que não teria uma solução razoável, mas depois desfaz tudo, porque era mentira (é difícil de explicar sem usar spoilers). Essa situação seria muito mais interessante do que o enredo do filme de verdade, então fiquei meio decepcionada. Acho que eu queria um pouco mais de complexidade, só isso. Mas recomendo o filme para fãs de games. Avaliação: 3/5

4- Vida de adulto (Scott Coffey, 2013)

Vida de adulto Emma Roberts interpreta Amy, uma jovem que sonha em ser uma poeta renomada. Por enquanto, porém, ela só recebe nãos de revistas literárias e não consegue ter seu trabalho publicado em nenhum lugar. Após brigar com seus pais, que não têm mais como sustentá-la, Amy passa a trabalhar em uma sex shop, e é desse modo que ela amadurecerá. O filme é uma comédia e parece uma versão mais leve e engraçada da série Girls ou um Girls que deu certo. Gostei bastante de Vida de adulto, acho que ele lida bem com as dificuldades de crescer e amadurecer e ao mesmo tempo tira sarro da geração de jovens de hoje. Avaliação: 3,5/5

5- Touro indomável (Martin Scorsese, 1980)

Touro indomável

Como meio mundo ama o Scorsese e o único filme que eu vi dele é A invenção de Hugo Cabret, achei que estava na hora de conhecer mais filmes do diretor. Comecei por Touro indomável pelo motivo de sempre: passou na TV em um bom horário. E também porque era o meu filme do mês da lista de 1001 filmes para ver antes de morrer. O fato é que não me interesso por boxe, então acabei achando o filme um pouco entediante. Os atores estão ótimos, o filme é muito bem feito, mas a história de vida do Jake LaMotta não conseguiu me prender o suficiente. Talvez se o filme tivesse meia hora a menos eu teria gostado mais, porque tem várias partes interessantes, mas no geral achei cansativo. Avaliação: 3,5/5

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Desafios literários 2015

Como tive um semestre atípico na faculdade e meu fim de semestre está sendo em janeiro, acabei procrastinando alguns posts no blog. Um deles é este: o de desafios de 2015. No final dos últimos anos, sempre fico ansiosa esperando a lista de desafios que vão sair. Fico dividida entre querer que as listas não me agradem e assim eu possa ter um ano menos preso a desafios e a querer que as listas sejam incríveis.

Como estou com vários projetos e com algumas metas, além da TBR jar, acabei participando de mais desafios do que pretendia. Pensei em participar de mais um além dos que vou citar no post, mas acabei desistindo porque eu ia (ou melhor, eu vou) acabar me enrolando com todas essas leituras. Felizmente, só um dos desafios é mensal, o resto pode ser lido quando eu tiver vontade.

O primeiro desafio, que é o que eu pretendo seguir mais seriamente, é o Desafio literário Skoob. Ele é feito a partir de um grupo do Facebook e segue a proposta dos desafios mensais: todo mês tem um tema e você tem que ler e resenhar algum livro do tema. Gostei dos temas desse ano porque são um pouco mais livres, sem tantos gêneros como outros. Assim é mais fácil de adequar os livros que eu tenho em casa com o desafio.

Os temas e algumas das minhas ideias de leitura são:
Janeiro: Novinho em folha (o último livro que você comprou/ganhou/baixou/pegou emprestado)
Já li Uma casa na escuridão. Se eu conseguir terminar em janeiro, vou ler também O garoto zigue-zague, do David Grossman. Esses são os últimos livros que minha irmã alugou na biblioteca.

Fevereiro: Fantasia
A casa dos muitos caminhos, da Diana Wynne Jones, O oceano no fim do caminho, do Neil Gaiman, ou Wildwood, do Colin Meloy. Os três estão esperando aqui na estante para serem lidos há um bom tempo.

Março: Escritoras com ‘A’ maiúsculo (um livro escrito por mulher)
Vou casar com algum dos meus projetos e ler Codinome Verity, da Elizabeth Wein, ou A lista negra, da Jennifer Brown. Ou qualquer um que der vontade. Tem bastante coisa de mulheres na minha estante.

Abril: Pega na mentira! (uma história que envolva mentira, falsidade, enganação)
Quero ler Garota exemplar, da Gillian Flynn, ou Depois da escuridão, do Sidney Sheldon. Minha tia que me emprestou os dois.

Maio: Língua-mãe (livros escritos originalmente em português)
Esse também é desses que é tão livre que dificulta a escolha. Comprei recentemente Rani e o sino da divisão, do Jim Anotsu, e estou com muita vontade de ler. Como vou fazer uma matéria sobre literatura africana de língua portuguesa na faculdade, pode ser que eu encaixe alguma das leituras nesse tema.

Junho: Casais (namorados, casados, separados, viúvos, etc)
Pensei em Na praia, do Ian McEwan, ou em O mundo pós-aniversário, da Lionel Shriver. Se eu quiser algo mais leve, tem vários YAs para escolher.

Julho: Inverno (histórias que se passem em um lugar frio, capas que remetam ao inverno)
Estou adiando a leitura de O palácio de inverno, do John Boyne, há muito tempo. E meu tio me emprestou Boneco de neve, do Jo Nesbø. Fiquei feliz em ver que as pessoas acabaram me ajudando no desafio mesmo sem eu ter falado nada para elas.

Agosto: Folclore e Mitologia
Minha irmã tem um livro de mitos noruegueses chamado Askeladden e outras aventuras, e devo ter em casa outros livros de mitos mais infantis. Também tenho Odd e os gigantes de gelo, do Neil Gaiman.

Setembro: Livros banidos (tem uma lista aqui para ajudar: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_livros_censurados)
Eu podia escolher vários clássicos, mas provavelmente vou ficar com os YAs banidos em escolas. Quero ler Diário absolutamente verdadeiro de um índio de meio expediente, do Sherman Alexie, ou Forever, da Judy Blume.

Outubro: Terror
O que eu tenho em casa: A outra volta do parafuso, do Henry James, Nosferatu, do Joe Hill e Histórias de horror, de vários autores.

Novembro: Finados (personagens que têm que lidar com a morte – já ocorrida ou iminente)
Minhas escolhas por enquanto são Como falar com um viúvo, do Jonathan Tropper, e Morte e vida de Charlie St. Cloud, do Ben Sherwood. Mas tem vários livros que falam sobre o tema, então posso ler outra coisa.

Dezembro: Ganhadores de prêmios (livros/autores vencedores do Jabuti, Nobel, Pulitzer, etc)
Só pensei em Luz em agosto, do William Faulkner, mas tenho vários livros que ganharam prêmios menores. Vou acabar escolhendo pelo meu humor.

O segundo desafio do qual vou participar é o Desafio literário do Tigre, pela segunda vez. Dessa vez, o modelo é diferente e sugere que você leia dois livros por mês, escolhendo o tema que se encaixe dentre as opções.

DL do Tigre Como são muitos temas, não vou criar minhas opções para cada e vou encaixar minhas leituras no desafio como der. Alguns temas, como poesia e crônica, não são tão fáceis e provavelmente vou ter que ler só para o desafio, mas não é nenhum problema. O difícil, no começo, é escolher em que categoria vai ficar o livro, porque vários se encaixam em mais de uma.

O último desafio, que vou fazer só de curiosa, é o que inspirou o DL do Tigre. Pelo que eu entendi, é de uma revista feminina, e as categorias são essas:Reading challenge

(a imagem ficou minúscula e ilegível, desculpem aí. Mas é só procurar 2015 reading challenge no Google que dá para encontrar uma maior)

Esse vai funcionar assim: eu vou encaixando os livros nos temas e vejo como fica. Cada livro pode ser usado em mais de um tema, para ficar mais fácil. Aí no final do ano eu vejo quantas categorias eu li das cinquenta. Se der para completar, melhor ainda.

São esses o três desafios de 2015. Espero que eu consiga desencalhar vários livros da minha estante… Vou colocar o andamento dos desafios na página de projetos para ficar mais fácil de acompanhar. Boa sorte para nós!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Uma casa na escuridão, José Luís Peixoto

Uma casa na escuridão

Ao escrever, algo de nós se tocava. Ao escrever, sentia-a passar por mim, sentia-a atravessar-me. Depois, fechava os olhos e via-a sorrir. Ainda dentro de mim, mas um pouco do seu rosto de anjo e da lonjura do seu olhar e dos seus gestos brandos a existir na página, no texto. Às vezes, levantava-me, segurava as folhas a tremerem-me  na mão e lia devagar. Após cada frase, parava e ouvia-a lida na memória. Ela era o texto.

Eu precisava fazer um trabalho de literatura portuguesa com o tema de Romantismo e Uma casa na escuridão era uma das sugestões para análise. Como gostei bastante do outro livro do Peixoto que eu li e não tinha a menor vontade de ler um autor romântico autêntico, fiquei com a opção mais segura para mim e li Uma casa na escuridão.

O livro conta a história de uma escritor em uma sociedade onde editores são presos por recusarem a publicações de originais, invasões de soldados não são raras e algumas famílias têm escravas. O escritor, que narra a história, vive com sua mãe e uma escrava na casa do título. Sua vida é pacata, até que ele encontra uma mulher dentro dele e se apaixona perdidamente. Mas a crueldade do mundo real se impõe e a vida não será como ele quer que seja.

A história é cheia de elementos simbólicos e quase tudo dá para interpretar como metáfora e relacionar com a nossa sociedade. Não sei a que ponto minhas interpretações estão corretas, mas também não acho que seja a ideia ter interpretações certas.

No geral, do ponto de vista crítico, achei o livro bem interessante — ou seja, consegui material suficiente para a minha análise. Porém, quando a questão mais óbvia, se eu gostei do livro, a resposta não é tão simples.

A prosa do autor é bem poética, e eu não gosto muito disso. Ao mesmo tempo, a leitura fluiu bem apesar dos parágrafos enormes. Mesmo que eu não estivesse tão envolvida com o que estava lendo, eu continuava, porque não achava motivo para parar e porque tinha prazo para fazer o trabalho.

O enredo do livro é curioso, mas tem muito de romantismo no começo e o psicológico do protagonista é bem mais explorado do que o lado social — uma escolha proposital do autor, claro, mas fiquei querendo entender melhor a sociedade e fiquei entediada em algumas partes com todo o drama do narrador.

Eu li o livro sem saber quase nada sobre ele, por isso algumas coisas do enredo me pegaram de surpresa e me chocaram, o que eu considerei positivo (embora tenha visto algumas resenhas reclamando da violência do livro — questão de gosto, acho).

Enfim, para não me alongar e não escrever uma versão 2.0 do meu trabalho, recomendo Uma casa na escuridão para fãs de obras intensas, viscerais e líricas.

Avaliação final: 3,25/5

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

TAG: leituras de 2014

Queria fazer algum post de retrospectiva das leituras do ano passado mas não sabia como separar as categorias. Então vi esse post e decidi me inspirar nele, mas tirei algumas perguntas porque não sabia responder ou achei que não tinham a ver com o meu mundo de não-blogueira-profissional-e-que-não-lê-muitos-lançamentos. E acrescentei uma pergunta porque achei que faltou e deu vontade. Os links dos livros dão para suas respectivas resenhas (em que eu sou bem mais crítica, é verdade, mas é o meu jeitinho). A tradução das perguntas é da minha irmã. O post ficou enorme, mas juro que é rápido de ler.

Estatísticas de leitura
Número de livros lidos:
65, de acordo com essa lista. Pelo Skoob, eu li mais, porque eu coloco aqueles infantis de 20 páginas também, mas não tenho o número exato porque a meta de leitura já atualizou para 2015… De qualquer jeito, 65 foi um número maior do que nos últimos anos, então estou bem satisfeita.
Número de releituras: 6 (dos livros "grandes", reli outros infantis também)
Livros começados mas não terminados: Uma obsessão sombria, do Kenneth Oppel (comecei a ler em PDF para um trabalho e acabei desistindo. Não tenho saco para ler no computador. Mas foi uma  leitura interessante, bom para quem gosta de Frankenstein), Um gato indiscreto e outros contos, do Saki (comecei a ler numa viagem. Como leio mais romances, os contos ficam meio de lado, já que não dá vontade de ler muito em seguida. Mas esse eu vou terminar de ler, juro!), Primeiras estórias, do Guimarães Rosa (li vários contos para a faculdade, falei que ia ler inteiro, mas só li um conto além dos obrigatórios. Se eu não me animar esse ano, abandono oficialmente o livro) e My true love gave to me (comecei a ler no final de ano. Esse eu também vou terminar).

Sobre os livros
1. Melhor livro lido em 2014? (se quiser, pode separar por gênero)
Vou separar em categorias meio aleatórias mesmo porque não sei direito o que é gênero e o que não é.
Melhor infantil: A velhinha que dava nome às coisas, Cynthia Rylant
Melhor infanto-juvenil: Luna Clara & Apolo Onze, Adriana Falcão
Melhor YA: Fangirl, Rainbow Rowell 
Melhor romance(?): Ciranda de pedra, Lygia Fagundes Telles 
Melhor livro de contos: The garden party, Katherine Mansfield
Melhor clássico: A redoma de vidro, Sylvia Plath 
Melhor livro ilustrado: Raul Taburin, Sempé
Melhor graphic novel: Asterios Polyp, David Mazzuccheli

2. Livro que você estava empolgada para ler e achou que amaria mas não amou tanto assim?
Após o anoitecer, do Haruki Murakami. Gostei muito de Norwegian Wood, do mesmo autor, mas Após o anoitecer não me animou.

3. Livro mais surpreendente (no bom ou mau sentido) que leu?
We were Liars, da E. Lockhart. Gostei do fato de ter me surpreendido, mas fiquei bem brava com a surpresa em si.

4. Melhor série que começou a ler em 2014? Melhor continuação? Melhor último livro?
The raven boys, Em chamas, e não terminei nenhuma série em 2014.

5. Novo autor favorito descoberto em 2014?
Estou muito curiosa para ler mais da Lygia Fagundes Telles.

6. Melhor livro de um gênero que você normalmente não lê/está fora de sua zona de conforto?
Sandman, embora eu tenha sofrido justamente por estar fora da minha zona de conforto.

7. Melhor livro cheio de ação/empolgante/impossível de largar do ano?
Em chamas ou The maze runner.

8. Livro lido em 2014 que provavelmente será relido em 2015?
Nenhum, não releio com tão pouca distância.

9. Capa preferida de um livro lido em 2014?
Vaclav & Lena.

10. Personagem mais memorável de 2014?
Meio aleatório, mas vou citar o Isidoro de Diário da guerra do porco. Não é exatamente o mais memorável, mas me marcou mais que o comum em livros do tipo.

11. Livro mais bem escrito?
Ciranda de pedra.

12. Livro que mais te fez pensar/mudou sua vida?
A redoma de vidro definitivamente ficou comigo depois de eu ter terminado de ler, para o bem ou para o mal.

13. Livro que você não consegue acreditar que esperou até 2014 para finalmente ler?
Vou copiar as respostas da minha irmã: Luna Clara & Apolo Onze e Um barril de risadas, um vale de lágrimas. Namorei Luna Clara por anos nas livrarias e não comprei porque tinha preconceito com infanto-juvenis brasileiros. Tenho certeza de que se eu o tivesse comprado, seria um dos meus queridinhos e eu já teria relido várias vezes. Acho que Um barril de risadas também seria desses que eu releria bastante.

14. Livro que mais te chocou?
Os livros que devoraram meu pai, do Afonso Cruz, porque eu definitivamente não estava esperando aquele final em um livro infanto-juvenil.

15. OTP do ano?
Não costumo torcer para casais ficarem juntos e tal quando eles muito provavelmente vão dar certo porque não tem graça. Então vou de Blue e Adam de The raven boys. Devo ser uma das únicas que torce por eles e sei que não vai dar certo, mas é a vida.

16. Livro favorito de um autor que você já tinha lido antes?
Raul Taburin, do Sempé, e The garden party, da Katherine Mansfield.

17. Nova "paixonite" de um livro lido em 2014?
Levi, de Fangirl, porque ele é muito fofo (talvez até demais). Mas também não sou muito de me apaixonar em livros. Acho mais difícil tolerar os defeitos das pessoas em livros do que na vida real...

18. Livro que te fez sorrir/foi o mais divertido de ler?
Flipped, da Wendelin Van Draanen.

19. Livro que te fez chorar (ou quase)?
Acho que não chorei lendo Por favor, cuide da mamãe, mas é um livro bem triste.

20. Tesouro escondido do ano?
Os livros que devoraram meu pai e Flipped.

21. Livro que mais te enraiveceu (isso não significa necessariamente que você não gostou)?
Insurgente. Tris ganha o prêmio de personagem mais chata. Ou talvez o Quatro ganhe, estou na dúvida.

De olho no futuro
1. Livro que não conseguiu ler em 2014 mas que será sua prioridade em 2015?
Olha, eu tenho tanto livro que quero muito ler em casa que acabo não tendo prioridade nenhuma. Os livros dos desafios que eu participar vão ser minha prioridade.

2. O que você deseja conquistar ou fazer em sua vida literária/blogueira em 2015?
Continuar postando bastante. Em 2014 eu consegui resenhar ou comentar tudo que li e gostaria de continuar fazendo isso em 2015. Queria comprar menos livros e ler mais livros da minha estante também. Pegar muitos livros na biblioteca em 2014 me fez pensar bastante em consumismo e agora o simples fato de ter um livro tem um peso que não tinha antes. Talvez então eu passe a trocar ou vender os livros de que não gostei tanto, mas não sei ainda. E concluir a maior parte dos desafios dos quais vou participar.