segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Boy, Roald Dahl

Boy

A minha terceira leitura para o Desafio Literário de fevereiro foi Boy – Tales of Childhood, do Roald Dahl, um livro de memórias da infância do autor.

O livro é recheado de episódios marcantes da vida de Dahl, como um acidente de carro e as vezes que apanhou na escola.

É um livro infantil, escrito de forma simples e divertida, apesar de algumas explicações sobre como eram as coisas na época serem um pouco desnecessárias para crianças mais velhas e adultos. As histórias são divertidas também, embora não muito criativas (afinal, aconteceram de verdade). Mesmo assim, algumas coisas me soaram bizarras demais e fiquei em dúvida se era tudo verdade ou não.

O livro é ilustrado por Quentin Blake, que também ilustrou muitos outros livros do Roald Dahl, e tem muitas fotos e trechos de cartas escritas pelo autor (interessante ver como a caligrafia dele mudou!).

Para quem conhece vários livros do Dahl, Boy é ótimo para ver de onde ele tirou muito de suas histórias. Já se você não conhece o autor o livro é dispensável, mas não ruim.

Princesa, Jean P. Sasson

Princesa

A minha segunda escolha para o Desafio Literário de fevereiro foi Princesa – A história real da vida das mulheres árabes por trás de seus negros véus, da Jean P. Sasson. O livro conta as memórias de Sultana, uma princesa árabe inconformada pela situação em que vivem as mulheres em seu país.

O livro é dividido em capítulos, cada um contando sobre algum momento da vida de Sultana, como sua infância e seu casamento. Ainda há duas continuações do livro: As filhas da Princesa e Princesa Sultana.

O livro é ótimo para nos mostrar como que as mulheres árabes vivem. Se eu já achava ruim a vida de Marjane, sobre a qual eu li em Persepólis, a condição das mulheres nesse livro é pior ainda, mesmo a maioria delas sendo nobres. Por isso, eu acabei ficando surpresa com a facilidade da vida de Sultana. Afinal, ela não sofre tudo passivamente, pois vive fazendo crueldades com o irmão e mesmo assim tem a sorte de ter uma vida até feliz em relação a da maioria das outras mulheres que são citadas no livro. É claro que ela também sofre bastante, mas perto de outras tragédias nem pareceu muito para mim (desculpem, sou insensível).

As memórias de Sultana são narradas de uma forma fácil de ler, que me prendeu bastante, em primeira pessoa. Porém, a edição que eu li é péssima. Para começar, a capa é feia. Mas tudo bem, isso não importa tanto, porque a capa transmite bem a mensagem de como são as mulheres árabes. O importante mesmo é que o livro estava cheio de erros: de concordância, de digitação e algumas coisas mal escritas… Eu fiquei chocada, porque foi o primeiro livro que eu fiquei realmente incomodada com a quantidade de erros.

De qualquer jeito, recomendo o livro para aqueles que não conheçam muito sobre o assunto e queiram conhecer e espero que as novas edições do livro estejam muito melhores e não prejudiquem a leitura.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Persépolis, Marjane Satrapi

Persepólis

Persépolis, da Marjane Satrapi, não fazia parte da minha lista original do Desafio Literário de fevereiro, cujo tema é biografia e/ou memórias. Porém, minha irmã finalmente consegui alugá-lo da biblioteca neste mês, então decidi incluí-lo no desafio.

O livro é na verdade uma história em quadrinhos que conta a história da autora, uma iraniana que assistiu à derrubada do xá, que causou a ditadura islâmica e à guerra Irã-Iraque e foi embora de seu país sozinha aos quatorze anos, para fugir da guerra.

Persépolis é o primeiro livro de história em quadrinhos que eu leio que é para adultos e conta uma história só, não é uma reunião de tirinhas. A leitura foi bem agradável, a história é interessante e é contada de um modo que me cativou. Não achei a parte histórica muito bem explicada, mas provavelmente porque eu realmente não entendo nada sobre o assunto. Na verdade, o que mais me interessou foi ver o crescimento psicológico da Marjane no contexto em que ela vivia e nesse aspecto me senti bastante satifesita ao terminar o livro.

Os desenhos são simples e muito bonitinhos, em branco e preto. Vi gente reclamando deles, mas para quem não conhece muitas histórias em quadrinhos, como eu, eles não deixam nada a dever e realmente são úteis para a história.

O Véu Eu já tinha assistido ao filme homônimo antes de ler o livro e posso dizer que isso deixou a leitura um pouco mais sem graça, pois eram menos surpresas. Mesmo assim, acredito que quem só viu o filme deveria também ler o livro que o originou. E quem não viu o filme também deveria ler o livro, caso o assunto seja de seu interesse.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

As Aventuras de Pinóquio, Carlo Collodi

As Aventuras de Pinóquio conta a história de Pinóquio, o boneco de madeira que quer ser bom, mas nem sempre consegue.

Li este livro com expectativas baixas, porque minha irmã não tinha gostado muito dele e acabei gostando mais do que esperava, embora não tenha gostado tanto.

A edição que eu li do livro é curta, tem umas cem páginas e várias ilustrações, portanto li o livro inteiro em um dia mesmo. Assim, é o tipo de livro que eu leio mas no final do ano já nem lembro mais dele.

Eu sempre achei o Pinóquio chato no filme e não foi diferente no livro. Eu ficava com raiva dele toda hora e com pena do Gepeto também. Achei também a história estranha em alguns momentos. O Grilo Falante morre, volta como fantasma e depois aparece vivo de novo? Na minha opinião, o livro tem menos sentido do que Alice no País das Maravilhas…

Mas, apesar de tudo, é um livro engraçadinho, mas que seria mais aproveitado por gente menor, que pode ter o que aprender com as lições ensinadas.